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“Com Miguel Albuquerque não é não e com o PS não é não”, garantiu a IL

Data de publicação
28 Abril 2024
11:26

A Iniciativa Liberal Madeira apresentou, ontem, a sua candidatura às eleições regionais do próximo dia 26 de maio.

Ladeado dos candidatos que constam na lista do partido a este ato eleitoral e apontando que “estes são os tempos que testam a alma dos homens”, dados os “desafios significativos e transformações rápidas” que se sucedem, Nuno Morna, coordenador do partido a nível regional, começou por reconhecer que perante a população se apresenta agora “uma oportunidade singular” “de fazer a diferença”.

E é, aliás, nesse sentido, que o partido que lidera se propõe a continuar a “lutar por uma autonomia mais justa, mais democrática e mais transparente”.

“Estamos aqui não apenas como madeirenses que somos, mas como arquitetos do futuro, um futuro que aspira a mais do que simples promessas. Um futuro onde procuramos transformações reais, fundamentadas nos três pilares do liberalismo: a liberdade política, a liberdade económica e a liberdade social. Os desafios são muitos, mas a nossa visão é clara. Rejeitamos alianças que comprometam os nossos valores fundamentais”, atestou, aditando que a IL não se alinha “com aqueles que veem a autonomia como propriedade de um partido”.

Não obstante, nesta sua intervenção, abriu a porta ao diálogo e à construção de consensos, desde que tenha por base o desenvolvimento da Madeira.

“Ponto a ponto, caso a caso, proposta a proposta. Na Iniciativa Liberal não queremos cargos nem prebendas (...) Mais uma vez, que fique muito claro e digo de forma pausada e com todas as letras: com Miguel Albuquerque não é não e com o Partido Socialista não é não”, atirou.

Já colocando o crescimento económico como ponto de partida, Nuno Mundo apresentou algumas das propostas do seu partido, tais como a uma redução significativa de todos os impostos em 30%, conforme já permite a Lei das Finanças Regionais, de forma a aumentar o poder de compra das famílias madeirenses e impulsionar a economia regional.

Mais atestou que, com a IL, haverá uma governação, uma democracia e autonomia mais moderna, “transparente e eficiente”, através do voto antecipado e em mobilidade e do combate à corrupção e à burocracia “a todos os níveis.

Por seu turno, para a mobilidade terrestre, marítima e aérea, o coordenador propõe “alterar profundamente os paradigmas em vigor”, e olhar para o ambiente “como um todo”, “aceitando a impossibilidade da pegada ecológica zero e criando políticas que minorem os efeitos da nossa intervenção na natureza”.

Não esquecendo o Norte e o Porto Santo, Nuno Morna advogou que é “preciso criar condições para que o seu desenvolvimento não seja desfasado do resto”, enquanto que para a Educação preconiza a quebra das “correntes de um sistema centralizado e rígido”, dando mais autonomia às escolas, para que adaptem o ensino às necessidades locais e específicas dos seus alunos, e acabando com a obrigação de frequentar uma escola baseada unicamente num local de residência.

No campo da Saúde, as medidas avançadas passam pela redução das listas e do tempo de espera, “maximizando o uso de toda a capacidade instalada, seja ela pública, privada ou social” e dando “mais escolha aos madeirenses”.

Relativamente à habitação, o líder dos liberais madeirenses defendeu a simplificação dos licenciamentos, a redição da burocracia, o incentivo à construção para arrendamento e um levantamento dos terrenos governamentais adequados, disponibilizando-os para quem deseja construir a sua casa ou desenvolver projetos de arrendamento em regime de direito de superfície.

Uma reforma da Constituição é outra das reivindicações da IL, que pretende, assim, fazer a diferença na Autonomia, passando pela atualização do Estatuto Político Administrativo até à revisão da Lei das Finanças Regionais.

“Estas reformas são essenciais para assegurar que a madeira não só mantenha, mas também amplie a sua capacidade de autogoverno”, vaticinou, sublinhando ainda a necessidade de combater a pobreza na Região, dadas as claras dificuldades que mais de 30% dos madeirenses enfrentam para assegurar as suas despesas mensagens.

“Esta pobreza que nos rodeia tem de nos envergonhar. Eu sinto-me envergonhado”, declarou, pedindo, assim, o contributo de todos para transformar e servir melhor a Madeira.

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