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Fernando Gomes vê futuro brilhante na FPF se sucessor mantiver valores e paixão

Data de publicação
25 Novembro 2024
17:07

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, afirmou hoje que o futuro da instituição “poderá ser ainda mais brilhante”, se a próxima direção mantiver os valores, a paixão e o trabalho árduo.

“No desporto, nada está garantido à partida. Também por isso, o futebol não deve ter uma atitude sobranceira e convencida. Tudo precisa de trabalho árduo e paixão. Se assim continuar, se os valores se mantiverem, os recursos humanos forem respeitados e incentivados e o plano 2030 mantido como até aqui, o futuro da FPF só poderá ser ainda mais brilhante”, apontou, no discurso de abertura do Record Summit, em Lisboa.

A poucas semanas de deixar a presidência da FPF, face à impossibilidade regulamentar de cumprir mais de três mandatos, e tendo já Nuno Lobo como candidato, a quem se pode ainda juntar o atual presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, Fernando Gomes garantiu que o sucessor pode ter uma gestão serena.

“Eu vou ouvindo dizer que deixamos um legado difícil de igualar. Agradeço, mas eu não posso concordar. A renovação de todos os contratos de patrocínio até 2030 assegura os fundos necessários para uma gestão serena e equilibrada. A FPF é uma organização com uma invejável saúde financeira, dispõe de recursos humanos de muita qualidade e as seleções nacionais têm todas as condições para manter o nível”, realçou o dirigente.

Fernando Gomes destacou a obra realizada no futebol português na última década sob a sua liderança e desejou que a estrutura federativa mantenha o sucesso até 2030, no ano em que Portugal vai acolher o Mundial de futebol, ao lado de Espanha e Marrocos.

“Desejo que, todos juntos, sejamos capazes de estar à altura desse momento, e que Portugal não desperdice uma oportunidade única para o futebol e o desporto”, frisou.

O líder federativo agradeceu ainda o trabalho dos clubes portugueses na formação de jovens futebolistas e apelou à “autonomia e absoluta independência” de órgãos como a arbitragem, sendo algo “fundamental para a credibilidade do futebol” português.

A AG da FPF é constituída por 84 delegados, 29 dos quais por inerência: os 22 presidentes das associações regionais e distritais, assim como os presidentes da Liga de clubes e das estruturas representativas de treinadores, árbitros, futebolistas, dirigentes, enfermeiros e massagistas e médicos.

Além destes, a reunião magna conta ainda com outros 55 delegados: 20 representantes dos clubes das competições profissionais, oito das competições não profissionais, sete das distritais, cinco dos jogadores profissionais, outros cinco dos amadores, cinco dos treinadores e cinco dos árbitros.

Fernando Gomes, que preside à FPF desde 17 de dezembro de 2011, cumpre o seu terceiro e último mandato, que termina até seis meses depois do ciclo olímpico de 2024.

Nuno Lobo, presidente da associação de Lisboa, é o único candidato anunciado a suceder a Gomes nas eleições que devem ocorrer nos primeiros meses de 2025.

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