Marcos Freitas e Tiago Apolónia vão encarar Paris2024 com a motivação de conseguir o seu melhor desempenho de sempre em cinco presenças olímpicas, ambição partilhada por João Geraldo no “sonho” de se estrear no maior evento desportivo do planeta.
“Antes do sorteio, é um pouco difícil falar de objetivos, que são chegar o mais longe possível. São os meus quintos Jogos, estou há muito no topo mundial. Vou com ranking de top 16, o meu primeiro objetivo em Paris. Fui quinto no Rio2016, com diploma, e a minha meta é sempre a de melhorar”, disse à Lusa Marcos Freitas.
O madeirense, 18.º do ranking mundial, vai competir em individual, tal como Tiago Apolónia, sendo que ambos se unem a João Geraldo no trio que vai tentar suplantar o quinto lugar de Londres2012, na altura com João Monteiro no lugar de Geraldo.
“Primeiro, é a prova individual, na qual quero estar bem, superar o meu melhor, que foi a ronda de 32. Por equipas é a mesma coisa, após os quartos de final de Londres2012. Chegar às meias-finais seria extremamente positivo. Claro que é complicado, mas estamos a trabalhar para isso, é o nosso grande sonho e objetivo”, garantiu Tiago Apolónia, 67.º do ranking, de 37 anos, em declarações à Lusa.
Depois de ter sido suplente no Rio2016 e em Tóquio2020, João Geraldo, de 28 anos, 72.º do ranking, entra na equipa, algo com que “já estava a contar”, fruto dos resultados do ciclo olímpico.
“A nossa equipa sempre nos habituou a grandes resultados. Nunca conseguimos uma medalha em Mundiais e Jogos Olímpicos, mas para uma formação bastante ambiciosa como a nossa esse é o grande objetivo. Era um sonho um feito desses, embora muito difícil”, disse Geraldo, que, a par dos colegas, lembra que “o sorteio é fundamental”, sendo que o único desejo que formula é o de evitar a China, a única seleção “claramente superior” e o obstáculo mais complicado no desejo de atingir o pódio.
Já Marcos Freitas destacou a capacidade dos jogadores lusos, considerando que podem ultrapassar qualquer oponente.
“Temos um grande conjunto, muito experiente. Podemos ganhar a qualquer adversário. É aguardar pelo sorteio, prepararmo-nos bem. Somos das oito melhores e isso acarreta responsabilidades. É entrar a vencer e tentar chegar aos últimos dias de prova”, desejou Marcos Freitas, de 36 anos.
A maior referência do ténis de mesa luso recordou a importância de se “encontrar um equilíbrio entre a experiência e a irreverência e criatividade”, sendo que as três qualidades são fundamentais para “tentar superar os obstáculos de uns Jogos Olímpicos, a competição mais importante de todas”.
Destacou ainda a “responsabilidade” do ténis de mesa ser a única modalidade em Portugal a apresentar-se na competição de equipas.
Portugal conquistou a quota olímpica durante os Mundiais de Busan, na Coreia do Sul, quando em fevereiro foi quinto classificado por equipas, após perder com a França (3-1).
A quota conquistada para a prova por equipas permite igualmente a inscrição de dois jogadores no torneio de singulares, que serão Marcos Freitas e Tiago Apolónia.
João Monteiro vai estar também em Paris, mas pela primeira vez com o estatuto de reserva, posição ocupada no Rio2016 e em Tóquio2020 por João Geraldo, que agora fará a sua estreia na prova por equipas.
Na competição feminina, Portugal vai estar representado por Fu Yu e Jieni Shao, em singulares, tendo confirmado o apuramento em maio, depois da participação no torneio de qualificação.