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Regularidade e factor casa devolvem Nacional à Liga após três anos de ausência

Data de publicação
12 Maio 2024
14:16

Com um percurso marcado pela regularidade e assente no factor casa, onde o Nacional apenas perdeu uma vez em toda a época, o Nacional, de Tiago Margarido, voltou hoje à I Liga após uma ausência de três anos.

A formação madeirense, primeira classificada à condição, com 68 pontos, à espera de ver o que faz o Santa Clara (também já promovido), que tem 67 pontos mas ainda vai jogar nesta 33.ª jornada, ascendeu ao escalão máximo do futebol português após uma vitória nos descontos, em Tondela, com um golo ‘salvador’ de Carlos Daniel.

O Nacional contabiliza 20 participações na I Liga, com destaque para dois quartos lugares (2003/04 e 2008/09) e cinco qualificações para as competições europeias, todas conseguidas neste século, com a última presença a datar de 2014/2015.

Após três temporadas consecutivas a jogar na II Liga, a última das quais a lutar até ao fim pela permanência, o presidente Rui Alves decidiu ‘arriscar’ na escolha do novo timoneiro, sem experiência nos escalões profissionais do futebol português, e acabou recompensado com a subida de divisão.

O técnico, Tiago Margarido, com 35 anos, assumiu os destinos dos ‘alvinegros’ no início da época, após passagens como treinador principal por Canelas e Varzim, sendo esta a segunda promoção da sua ainda curta carreira, após subir o Canelas do Campeonato de Portugal para a Liga 3, na época 2021/2022.

Com 64 golos marcados, o Nacional é o melhor ataque da II Liga, com Chuchu Ramirez a cotar-se como o ‘homem golo’ dos ‘alvinegros’, com 18 em todas as competições, seguido por Gustavo Silva e Witi, com 15 e 10, respetivamente.

O início foi traumático, com duas derrotas nas duas primeiras jornadas, uma delas com o ‘rival’ de sempre, o Marítimo, mas a equipa ‘embalou’ entre a terceira e a 12.ª jornadas, com oito vitórias e dois empates, que lançaram as bases do sucesso.

Impedido pela FIFA de inscrever jogadores desde janeiro, devido a dividas por regularizar, o Nacional não se reforçou no tradicional ‘mercado de inverno’, mas manteve a ‘espinha dorsal’ da equipa e embalou para uma segunda volta de grande qualidade, com apenas uma derrota no ano civil de 2024.

Nesta sequência, a equipa atravessou um momento de menor fulgor no mês de janeiro, que coincidiu com o pior período da época, com três jogos sem vencer na II Liga, com empates frente a Tondela e Mafra e uma derrota frente ao Marítimo.

A partir daqui, os comandados de Tiago Margarido estabilizaram e só perderam mais um jogo, em Santa da Maria da Feira, com o Feirense, num percurso que, no total, foi quase ‘imaculado’ no Estádio da Madeira, com 12 vitórias em 16 possíveis, até ao momento.

Na Taça de Portugal, o Nacional alcançou os oitavos de final mas acabou eliminado pelo Santa Clara, no desempate por grandes penalidades, por 4-2, após igualdade 1-1 no final do prolongamento.

Na Taça da Liga, os madeirenses venceram Penafiel e União de Leiria, na 1ª e 2ª eliminatórias, respetivamente, tendo sido eliminados na fase de grupos da competição, com duas derrotas frente aos promodivisionários Sporting de Braga e Casa Pia.

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