O presidente da direção do Conselho da Diáspora portuguesa disse hoje à Lusa que o encontro, esta semana em Cascais, vai lançar os núcleos regionais e a rede da diáspora jovem, preparando também um fórum com as Américas.
“Os grandes temas em lançamento são a diáspora jovem e os núcleos regionais da diáspora, que são uma espécie de rede de redes para os portugueses espalhados pelos cinco continentes”, disse António Calçada de Sá, antecipando o encontro que vai decorrer esta quarta e quinta-feira no Palácio Cidadela, em Cascais.
O encontro dividido em dois dias será no primeiro reservado para a “reunião interna do Conselho da Diáspora, que junta os portugueses espalhados por mais de 35 países, e deverá contar com cerca de 100 conselheiros, que farão a análise das atividades deste ano e dos projetos para o próximo ano”.
No segundo dia, quinta-feira, será a reunião mais institucional, com a presença do antigo primeiro-ministro e ex-presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, do ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, devendo juntar 200 pessoas.
É neste segundo dia que serão apresentadas as prioridades para 2024, que incluem o lançamento dos núcleos regionais da diáspora, que consiste numa “rede de redes que procura representar Portugal e estimular as pessoas para se envolverem em projetos que têm a ver com Portugal, ou atrair investimento, ou ajudar na expansão internacional das empresas, ou em projetos ligados à educação, ciência ou artes”, acrescentou António Calçada de Sá.
Na quinta-feira, será debatido o projeto da diáspora jovem, que pretende identificar “cerca de meia centena de portugueses com muito talento e que poderão ou repatriar esse talento, se pretenderem regressar a Portugal, ou contribuir para novos projetos lá fora, ou também serem motores da dinamização de Portugal”, acrescentou o responsável, que é também um dos fundadores do Conselho da Diáspora e membro desde 2012.
Em preparação está também o lançamento de um Fórum Euroaméricas, à semelhança do Fórum Euráfrica, que reúne anualmente decisores políticos e empresariais para estimular as relações entre os dois continentes.
Questionado sobre o fundo de crescimento da diáspora, anunciado na reunião do ano passado com um montante de 50 milhões de euros em parceria com a Portugal Ventures, António Calçada de Sá assumiu que a iniciativa não correu como esperava.
“O fundo lá está, mas foi mais lento do que prevíamos, pensávamos que fosse ter mais impacto, mas a verdade é que o apetite dos investidores não esteve ao nível do que esperávamos”, afirmou.