O Cônsul-geral de Portugal na Cidade do Cabo, Jorge Teixeira Sampayo inaugurou, esta tarde o Festival Português 2022, que decorre este fim de semana na secção Jety 2, no anfiteatro da V & A Waterfront , na cidade marítima do Cabo da Boa Esperança, sob organização do Centro Cultural Português e de Beneficência da Cidade do Cabo.
"Tive a oportunidade e o privilégio de poder inaugurar e assistir a este grande festival português, festival que faz parte do calendário de atrações aqui na Cidade do Cabo e enfim a um cheirinho de tradições portuguesas", disse Jorge Teixeira Sampayo.
"Estamos a sair da pandemia e as pessoas estão animadas", acrescentou o responsável sobre o evento, criado em 1989, que não se realizou nos últimos dois anos devido à pandemia.
Sobre a comunidade no Cabo, o cônsul referiu que a mesma está "muito pujante, solidária e dinâmica. Nós agora podemos assistir a este festival português é uma prova do dinamismo desta comunidade".
O festival que acontece numa doca entre navios, lanchas, traineiras e alguns golfinhos, e teve início com um desfile de jovens da comunidade em trajes das de diferentes regiões de Portugal que foram aplaudidos no percurso.
A exibição dos ranchos folclóricos abriu o festival, com um rancho da Madeira que começou a sua exibição com ‘Siga Rusca’ bastante aplaudido por uma assistência multirracial entusiasmada e ansiosa pela diversidade cultural.
Victor Henriques, um dos dirigentes deste rancho, esclareceu que o mesmo foi formado em 1958 por António Martins, hoje com 102 anos, que foi um dos fundadores do Rancho Folclórico da Camacha.
Vera da Silva, a "mãe" do grupo, disse ao JM que este grupo e os ensaios são inspirados por António Martins que apesar da sua longevidade ainda mantém este rancho no seu coração e mente. Entre os elementos que se exibiram hoje, o mais velho tem 21 anos e a mais nova apenas 5 anos. Vera da Silva disse ao JM que a última visita que fez a António Martins foi anteontem, mas que as visitas acontecem frequentemente. Um dia de entretenimento e a exibição de vários talentos através de culturas diferentes num autêntico "show case" de diversidade.
Em evidência a gastronomia portuguesa como não podia deixar de ser, mas os aromas e sabores da Madeira foram uma realidade com uma apetência especial para o bolo do caco, milho frito, malassadas e a poncha teve uma preferência muito expressiva.
José Luiz da Silva, correspondente na África do Sul