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Católica estima que economia tenha crescido 1,7% no 4.º trimestre de 2023 e 2,2% anuais

Data de publicação
17 Janeiro 2024
15:54

A economia portuguesa terá crescido 1,7% em termos homólogos e 0,3% em cadeia no último trimestre de 2023, estima a Católica, terminando com um crescimento anual de 2,2%, que abrandará para 1,0% em 2024, 1,5% em 2025 e 2,0% em 2026.

De acordo com a folha trimestral de conjuntura do NECEP - Católica Lisbon Forecasting Lab, “no quarto trimestre de 2023 a economia portuguesa deverá ter crescido 0,3% em cadeia, o que corresponderia a um crescimento de 1,7% em termos homólogos, bem como a um crescimento anual de 2,2%, ligeiramente melhor do que o antecipado na última folha”.

A instituição alerta, contudo, que esta estimativa “encerra uma enorme incerteza, já que a informação disponível, se bem que escassa, sugere uma melhoria significativa em dezembro”.

No período, a zona euro deverá ter contraído 0,1% em cadeia, correspondendo a um crescimento homólogo de 0,5%, ainda sem sinais de aumento do desemprego.

Em 2024, a Católica refere que o ponto central da estimativa de crescimento da economia portuguesa permaneceu em 1,0%, “fruto da base exigente do primeiro semestre de 2023 e não tanto de uma deterioração adicional da conjuntura”.

“A queda do Governo no passado mês de novembro e a convocação de eleições para março deste ano não altera o essencial do cenário macroeconómico”, sustenta, considerando que “os fatores mais relevantes continuam a ser as taxas de juro crescentes e a fragilidade da atividade económica na zona euro, em particular na Alemanha”.

Para o NECEP, “a possível melhoria do investimento, após um fraco desempenho em 2023, pode ser insuficiente para compensar o baixo crescimento das exportações”, numa altura em que a atividade turística “parece ter regressado à trajetória pré-pandémica”.

Já para 2025 e 2026, o Forecasting Lab da Católica aponta como pontos centrais para o crescimento anual 1,5% e 2,0%, respetivamente, “refletindo o regresso ao crescimento potencial histórico da economia portuguesa no final do horizonte de projeção, altura em que os efeitos positivos da recuperação pós-pandémica e os efeitos adversos da inflação elevada e da subida dos juros se poderão ter dissipado”.

Quanto à economia da zona euro, considera que “deverá ter um comportamento pior, com um ponto central do crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] de 0,7% em 2024”, mantendo-se “o risco de uma recessão suave”.

De acordo com o NECEP, os riscos geopolíticos “mantêm-se elevados” e “com consequências incertas na conjuntura”, sendo que as eleições de novembro nos Estados Unidos e as eleições europeias de junho “poderão agravar a dificuldade de gestão das crises pela comunidade internacional”.

Em Portugal, as eleições legislativas de março e um Orçamento do Estado para 2024 “relativamente generoso” constituem, para a Católica, “um certo risco para as finanças públicas, nomeadamente no contexto de uma possível fragmentação do parlamento e de dificuldades na configuração de um novo Governo”.

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