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Africânderes procuram compromissos para “acordo cultural”

Em vésperas do 30.º aniversário da chegada da democracia à África do Sul, um grupo de organizações e de indivíduos africânderes apelou a um compromisso formal com o governo sul-africano para fechar um “acordo cultural” que visa resolver questões que, alegam, preocupam as minorias, de forma especial a africânder.

Os africânderes constituem um grupo étnico de pessoas cuja primeira língua é o Afrikaans. São descendentes de neerlandeses, alemães e franceses huguenotes, que professam o protestantismo, principalmente o de origem francesa (calvinista) que vigorou entre os séculos XVI e XVII.

Aproximadamente 90% do vocabulário Afrikaans é arrastado do neerlandês, a sua língua parente, a qual não é exclusivamente falada na África do Sul em virtude de também ser usada na Namíbia e numa extensão menor em países como a Austrália, Botswana, Reino Unido, Nova Zelândia e Zimbabué, totalizando 17 milhões de falantes.

A língua Afrikaans foi considerada, inicialmente, um mero dialeto: Mas atualmente, por si mesma ou por direito próprio, é falada por 17 milhões de pessoas e faz parte integrante das 13 línguas oficiais da África do Sul, sendo uma das de maior expressão neste país africano, com mais de 7 milhões de falantes, constituindo assim 13,5% das línguas do país, num total de 37.

Das 37 línguas conhecidas, apenas 30 são vivas, pois 4 já foram consideradas extintas, incluindo a dos hotentotes (Khoisan).

Os luso-descendentes no país, na sua maioria, expressam-se oralmente e através da escrita em Afrikaans, para além de outras línguas europeias.

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