A líder da oposição venezuelana María Corina Machado foi hoje recebida na manifestação de rejeição dos resultados oficiais das eleições presidenciais - que dão a vitória ao Presidente Nicolás Maduro – com gritos de “liberdade” pelos milhares de participantes.
Maria Corina Machado, que declarou temer pela sua vida, chegou à manifestação transportada por um camião, acompanhada de dirigentes de partidos da oposição que compõem a maior coligação anti-regime: a Plataforma Unitária Democrática (PUD).
Até à data, não foi confirmada a presença do candidato presidencial da coligação, Edmundo González Urrutia.
Machado, que se encontrava em local desconhecido, publicou na quinta-feira um artigo no jornal norte-americano The Wall Street Journal e convocou a manifestação para protestar contra o resultado anunciado das eleições de domingo passado, que deram a vitória ao Presidente Nicolás Maduro, porque - afirma - o anti-chavismo ganhou as eleições com Edmundo González Urrutia como candidato.
A manifestação começou em Caracas com normalidade e sem incidentes dignos de registo, apesar da grande afluência de pessoas, tanto a pé como de motas.
Esta é a segunda grande manifestação organizada pela oposição maioritária, que afirma que o seu candidato presidencial, Edmundo González Urrutia, ganhou as eleições por uma larga margem, apoiando a sua afirmação em 80% dos boletins de voto que afirma ter na sua posse e que colocou no seu portal na Internet.
No entanto, o regime chavista insiste que a documentação colocada à disposição dos cidadãos pela oposição não é real, enquanto o Conselho Nacional Eleitoral não tornou públicas as atas que, garante, entregará ao Supremo Tribunal de Justiça se necessário.