O deputado conservador britânico Damian Collins classificou hoje a desinformação como “uma das armas mais potentes na guerra moderna”, durante um debate promovido em Londres que focou os dois conflitos que marcam a atualidade internacional, Ucrânia e Israel-Hamas.
No debate organizado pelo centro de estudos Henry Jackson Society sobre o tema “Desinformação em tempo de guerra: Da Ucrânia a Gaza”, Collins disse que estes dois conflitos são um exemplo de como a desinformação pode ser usada para influenciar a opinião pública.
“Vemos isto em todas as guerras atuais. E o principal objetivo da desinformação é deixar os cidadãos sem saber se podem acreditar em qualquer meio de comunicação social”, explicou o antigo sub-secretário de Estado para a Tecnologia.
A desinformação, vincou, não é usada “necessariamente para persuadir [as pessoas] de que este ou aquele incidente em particular teve lugar, mas para os deixar numa posição em que consideram que os meios de comunicação social não são credíveis”.
Muita da desinformação é organizada por redes desenvolvidas por Estados estrangeiros hostis, referiu, identificando a Rússia e o Irão como “dois dos maiores patrocinadores de desinformação no mundo”.
“Fazem-no através de redes [sociais] que têm a capacidade de controlar. Não é acidental. Não é orgânico, é deliberado e é uma arma. É provavelmente uma das armas mais potentes na guerra moderna”, avisou.