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Dois responsáveis russos com ligações ao Ministério da Defesa detidos por fraude

Data de publicação
05 Agosto 2024
15:43

As autoridades russas anunciaram hoje a detenção por “fraude” do diretor de um grande parque moscovita dedicado às Forças Armadas e de um militar do Ministério da Defesa, elevando para oito os responsáveis presos desde o final de abril.

Em comunicado, o Comité de Investigação russo indicou que o diretor do parque Patriota, Viatcheslav Akhmedov, e o general Vladimir Chesterov, responsável pela Inovação, são suspeitos de “fraude em grupo organizado de grande amplitude”, um crime passível de dez anos de prisão.

Chesterov era adjunto do diretor do “departamento das inovações” do Ministério da Defesa, e este novo anúncio está a ser entendido por analistas como uma “purga”, indica a agência noticiosa AFP.

“De acordo com informações da investigação, estes dois indivíduos estão envolvidos, com outros cúmplices, no desvio de fundos orçamentais previstos para as atividades e o funcionamento do parque Patriota”, indica o Comité de Investigação, um poderoso organismo estatal.

O parque, situado na região de Moscovo, é um grande espaço que glorifica das Forças Armadas e o registo patriótico do Kremlin. No local encontra-se a catedral dos Exércitos russos, inaugurada pelo Presidente Vladimir Putin em 2020.

Segundo o Comité de investigação, Viatcheslav Akhmedov foi colocado em prisão preventiva, enquanto um tribunal deverá pronunciar-se em breve sobre uma possível prisão preventiva do general Vladimir Chesterov.

Em maio de 2024, o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, foi substituído por Andrey Belousov, um economista responsabilizado por reformular as despesas colossais das Forças Armadas, em pleno conflito com a Ucrânia.

Desde o final de abril, e com estas duas novas detenções, pelo menos oito generais ou responsáveis foram detidos por acusações semelhantes.

O Kremlin desmentiu qualquer campanha de purgas, assegurando tratar-se de uma operação anticorrupção clássica, com um setor da Defesa caracterizado por escândalos há numerosos anos.

Entre os detidos incluem-se um antigo vice-ministro, Timur Ivanov, considerado um próximo de Shoigu, e o general Ivan Popov, antigo comandante do 58º exército que combateu na Ucrânia.

Em meados de julho, a detenção preventiva de Ivan Popov foi comutada por regime de prisão domiciliária. A sua detenção suscitou críticas da influente comunidade de correspondentes de guerra russos, que o consideram um militar íntegro e corajoso.

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