Um homem que se incendiou junto ao tribunal de Nova Iorque onde decorre o julgamento por alegado suborno ao ex-presidente Donald Trump morreu no hospital em consequência de queimaduras graves, disse a polícia.
O homem, natural da Florida, participava num protesto nas imediações do tribunal na sexta-feira à tarde.
A certa altura, abriu uma mochila e começou a atirar para o ar panfletos relacionados com teorias da conspiração contra o governo do Presidente norte-americano, Joe Biden.
De seguida, encharcou-se com um líquido inflamável e pegou fogo a si próprio, segundo a agência espanhola Europa Press.
Um grande número de agentes da polícia encontrava-se nas imediações quando tudo aconteceu.
Alguns agentes da polícia e transeuntes correram para ajudar o homem, que foi hospitalizado em estado crítico, acabando por morrer mais tarde.
A polícia excluiu a hipótese de o homem pretender qualquer tipo de ataque para além da automutilação.
A zona estava especialmente vigiada por causa do processo contra Trump, que já encerrou uma primeira fase com a seleção dos membros do júri.
O parque em frente ao tribunal tem sido um ponto de encontro de manifestantes, jornalistas e curiosos durante o julgamento de Trump, que começou com a seleção do júri.
Até sexta-feira, as ruas e os passeios na área em redor do tribunal estavam geralmente abertos e as multidões tinham sido pequenas e bastante ordeiras.
As autoridades disseram que estavam a rever os protocolos de segurança, incluindo a possibilidade de restringir o acesso ao parque.
A rua lateral onde Trump entra e sai do edifício está fechada.
“Poderemos ter de encerrar esta área”, disse o vice-comissário do Departamento de Polícia de Nova Iorque, Kaz Daughtry, numa conferência de imprensa no exterior do tribunal.
Daughtry acrescentou que as autoridades iriam discutir o plano de segurança em breve, de acordo com a agência norte-americana AP.
O ex-presidente (2017-2021) foi acusado de ter feito um pagamento à atriz de filmes pornográficos Stephanie Clifford, também conhecida como Stormy Daniels, para silenciar uma relação entre ambos.
Trump é de novo candidato às presidenciais de novembro.