O Exército de Israel confirmou hoje que o refém israelita Sahar Baruch, sequestrado pelo grupo islamita palestiniano Hamas durante o ataque de 07 de outubro, foi morto no decurso de uma operação de resgate em Gaza ocorrida em dezembro.
“Informámos a família Baruch que o seu filho Sahar, refém em Gaza, foi morto durante uma operação de resgate conduzida pelas forças especiais [israelitas] na noite de 08 de dezembro”, indicou o Exército em comunicado.
“De momento não podemos determinar as circunstâncias da sua morte, se foi morto por disparos das nossas forças ou se foi assassinado pelo Hamas”, acrescentou o comunicado.
Em 09 de dezembro, o Hamas tinha anunciado a morte deste refém durante uma operação militar israelita e difundiu um vídeo no qual era visível o corpo de Sahar Baruch.
Uma associação de familiares dos reféns do Hamas e o ‘kibbutz’ (comunidade) Be’eri, onde vivia este homem de 25 anos, confirmaram a morte.
O seu irmão Idan foi morto durante o ataque do Hamas em 07 de outubro, enquanto os seus pais e dois outros irmãos escaparam ao massacre no ‘kibbutz’, onde foram mortas pelo menos 85 pessoas.
O conflito em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque de 07 de outubro. Nesse dia, 1.140 pessoas foram mortas, na sua maioria civis mas também cerca de 400 militares, segundo os últimos números oficiais israelitas. Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que 127 permanecem na Faixa de Gaza.
Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde 07 de outubro a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas mais de 22.000 pessoas – na maioria mulheres, crianças e adolescentes – e feridas mais de 54 mil, também maioritariamente civis.
A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave, controlado pelo Hamas desde 2007.
A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.
Desde 07 de outubro, mais de 300 palestinianos também já foram mortos pelo Exército israelita e por ataques de colonos na Cisjordânia e Jerusalém leste, territórios ocupados pelo Estado judaico.