Pelo menos 62 pessoas foram mortas no domingo e na segunda-feira na sequência de fortes ataques contra o principal hospital de Gaza, Al Shifa, informaram hoje as Nações Unidas.
O relatório diário das Nações Unidas de segunda-feira não foi divulgado devido a cortes de eletricidade no enclave.
Um dos ataques a Al Shifa fez 31 mortos no domingo, o segundo, já na segunda-feira, fez cinco mortos, no momento em as hostilidades se concentraram na entrada do edifício e nos blocos operatórios). O terceiro ataque ocorreu pouco depois e fez pelo menos 26 mortos numa zona próxima, que alberga deslocados internos.
Durante os dois últimos dias de hostilidades, em que se registou o quinto corte de energia em Gaza, os bombardeamentos e os confrontos, segundo a ONU, concentraram-se em Jabalia (norte), na cidade de Gaza (centro) e em Khan Yunis (sul).
Em Jabalia, no domingo, pelo menos 55 palestinianos foram mortos, incluindo 15 crianças, e outros 100 estão desaparecidos nos escombros do ataque a um complexo residencial.
Um outro ataque no domingo atingiu uma escola em Khan Younis matando pelo menos 14 pessoas e ferindo 10, segundo o mesmo relatório.
As Nações Unidas recordam que desde 07 de outubro foram danificadas 342 escolas, ou seja, aproximadamente 70% das instalações educativas de Gaza, muitas das quais utilizadas como abrigos para os cerca de dois milhões de pessoas deslocadas pelo conflito.
Segundo a ONU, o alastramento dos combates a praticamente toda a Faixa de Gaza, com exceção do extremo sul, na zona de Rafah, provocou um êxodo para esta zona, que se tornou a mais densamente povoada da Faixa de Gaza, com cerca de 12.000 habitantes por quilómetro quadrado.
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