A presidente da Comissão Europeia disse hoje que a morte do antigo ministro das Finanças alemão Wolfgang Schäuble é “uma grande perda para a Alemanha e para a Europa”, destacando o seu contributo para a democracia alemã.
“A morte de Wolfgang Schäuble é uma grande perda para a Alemanha e para a Europa. Com os seus atos e o seu exemplo, moldou a democracia alemã como nenhum outro. Pensou sempre em grande e com visão de futuro”, reagiu Ursula von der Leyen, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).
“Não foram apenas o seu intelecto e a sua disciplina (...) que se destacaram, mas também o seu profundo respeito pelo discurso democrático e a sua capacidade de abraçar sempre novas ideias”, realçou a também responsável política alemã filiada na União Democrata-Cristã (CDU), como Wolfgang Schäuble.
A líder do executivo comunitário frisou ainda: “Sentirei falta dos seus sábios conselhos”.
O antigo ministro das Finanças alemão Wolfgang Schäuble morreu aos 81 anos, informou hoje a sua família à agência noticiosa alemã dpa.
Wolfgang Schäuble, que ajudou a negociar a reunificação alemã em 1990, foi uma figura central no esforço pesado de austeridade para tirar a Europa da sua crise da dívida mais de duas décadas depois.
Schäuble morreu em casa na noite de terça-feira, disse a família à dpa.
Wolfgang Schäuble tornou-se ministro das Finanças da chanceler Angela Merkel em outubro de 2009, pouco antes das revelações sobre o crescente défice orçamental da Grécia desencadearem a crise que envolveu o continente europeu e ameaçou desestabilizar a ordem financeira mundial.
Apoiante de longa data de uma maior unidade europeia, ajudou a liderar um esforço de anos que visava uma integração mais profunda e um conjunto de regras mais rigoroso. Contudo, a Alemanha foi alvo de críticas pela sua ênfase na austeridade e pela aparente falta de generosidade.
Depois de oito anos como ministro das Finanças, Schäuble consolidou o seu estatuto de estadista mais velho ao tornar-se presidente do parlamento alemão – o último passo numa longa carreira política na linha da frente.