Os incêndios florestais na região de Valparaíso, no Chile, já provocaram, pelo menos, 56 mortes, segundo o último balanço.
“Fomos atualizados, pelo Serviço Médico Legal, sobre o lamentável número de pessoas que morreram, que subiu para 56”, adiantou a delegada presidencial da região, Sofía González, citada pela agência EFE.
De acordo com as autoridades, esta é a maior emergência natural desde o terramoto de 2010, que provocou 525 mortes e milhares de feridos no Sul do país.
O relatório da Corporação Nacional Florestal indicou que há, pelo menos, sete incêndios ativos em Valparaíso.
Desde quarta-feira que a temperatura está próxima dos 40 graus Celsius no centro do Chile e em Santiago.
A ministra do Interior, Carolina Tohá, já avisou que o número de mortes deverá continuar a subir.
As autoridades disseram que pelo menos 1.100 casas foram destruídas, quatro hospitais e três lares de idosos tiveram que ser evacuados e pediram a milhares de pessoas para abandonarem as suas casas.
Na sequência dos incêndios, o Presidente chileno, Gabriel Boric impôs o estado de exceção, de modo a “ter todos os meios necessários”. As autoridades mobilizaram 19 helicópteros e mais de 450 bombeiros para combater as chamas.
“Temos todas as nossas forças mobilizadas para combater os incêndios florestais no centro e sul do país”, disse o chefe de Estado, na rede social X (antigo Twitter).
A onda de calor, resultante do fenómeno climático El Niño, atinge atualmente o sul da América Latina, em pleno verão, provocando incêndios florestais, agravados pelo aquecimento global. A onda de calor ameaça Argentina, Paraguai e Brasil nos próximos dias.