Foi um aviso à extrema-direita que Sara Cerdas deixou, esta manhã, diante do hemiciclo em Estrasburgo: a ameaças à liberdade “não passarão”.
A eurodeputada do PS tomou a palavra já no período ‘Catch the eye’ do debate acerca da ‘Inclusão do direito ao aborto na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia’, que acontece no final de todas as intervenções aprazadas, justamente para recordar o perigo que o populismo e o radicalismo representam, nomeadamente no que diz respeito aos direitos das mulheres.
“Recentemente a França deu um passo corajoso ao incluir o direito ao aborto na Sua Constituição. Em Portugal, vivemos 48 anos em Ditadura e 48 é o número de deputados que a extrema direita elegeu este domingo para a Assembleia da República. A mesma extrema direita que é contra o aborto, juntamente com aqueles que falam em novos referendos a direitos já garantidos.
Mas quanto mais as nossas liberdades são ameaçadas, mais alto diremos: Não passarão. E é por isso que as lutas do passado passaram também a ser lutas do presente”, advertiu, pedindo que não se repitam os erros de outrora.
É neste sentido que Sara Certas pugnou pelo reforço dos valores que definem a União Europeia.
Já especificamente acerca da interrupção voluntária da gravidez, a eurodeputada deixa uma mensagem: “Incluir o direito ao aborto na Carta dos Direitos Fundamentais da UE significa acesso a cuidados de saúde caso a mulher assim o decida. Significa garantir o direito à saúde da mulher”, rematou.