Pelo menos 13 pessoas morreram hoje num tiroteio no estado indiano de Manipur, uma região que tem sido atingida, desde maio, por uma onda de violência étnica que provocou já pelo menos 175 mortos.
Em declarações à agência noticiosa EFE, Oinam Sukumar, superintendente adicional da polícia do distrito de Tengnoupal, onde foram encontrados os cadáveres, confirmou que “houve um tiroteio e morreram 13 pessoas”, acrescentando que decorrem investigações para averiguar mais detalhes sobre a situação.
A mesma fonte precisou que todos os mortos pertenciam à comunidade meitei, maioritária na região, mas que é ainda desconhecido o número total de envolvidos no tiroteio.
Causando pelo menos 175 mortos e mais de 50 mil deslocados, a onda de violência em Manipur teve início a 03 de maio quando jovens da minoria kuki protestaram contra a decisão de um tribunal de atribuir aos meitei um estatuto que lhes permitiria ocupar territórios nas montanhas e aceder a postos governamentais.
Englobando vários grupos e geralmente professando a fé cristã, os kukis constituem a minoria que domina os territórios da montanha de Manipur, enquanto a maioria metei é hindu e ocupa as zonas mais planas do território.
Assim, a decisão do tribunal foi avaliada pelos kukis como uma usurpação dos seus privilégios e para fazer prevalecer a maioria étnica hindu.
No mesmo estado e paralelamente, o Governo indiano alcançou, na semana passada, um acordo para que o grupo separatista Frente Unido de Libertação Nacional (UNLF), ativo há seis décadas, fosse desarmado e incorporado na comunidade.