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Rússia relata situação “crítica” após derrame de petróleo no Mar Negro

Data de publicação
28 Dezembro 2024
13:33

As autoridades russas reportaram hoje uma situação “crítica” na sequência do derrame de petróleo causado pelo naufrágio de petroleiros entre a Rússia e a Crimeia anexada, que declarou estado de emergência.

“A situação é realmente crítica, infelizmente, as consequências negativas em termos ecológicos são inevitáveis”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pelas agências de notícias russas.

Dmitry Peskov apelou às autoridades governamentais para que empenhem “esforços máximos” para lidar com as consequências do derrame de milhares de toneladas de petróleo, sobretudo nas praias do sudoeste da Rússia.

“Infelizmente, é impossível calcular a extensão dos danos causados para o ambiente neste momento, mas esse trabalho é realizado regularmente por especialistas”, acrescentou.

O líder da Crimeia, península ucraniana anexada em 2014 pela Rússia, Sergei Aksionov, anunciou na rede social Telegram que declarou estado de emergência “devido ao derrame de produtos petrolíferos no Estreito de Kerch”, que liga os dois territórios.

O Ministério dos Transportes russo anunciou hoje que, entretanto, “todas as áreas de poluição identificadas na área aquática foram limpas” e que “não foi detetada poluição repetida”.

“A ameaça de um novo derrame de petróleo no Mar Negro e na costa devido a navios-tanque afundados persiste”, sublinhou, no entanto, o ministro de Situações de Emergência, Alexander Kourenkov.

Em 15 de dezembro, dois petroleiros russos, Volgoneft-212 e Volgoneft-239, encalharam durante uma tempestade no Estreito de Kerch.

Os navios transportavam 9.200 toneladas de petróleo e cerca de 40% podem ter sido derramadas no mar, segundo as autoridades russas.

Milhares de voluntários mobilizaram-se para limpar as praias do sudoeste da Rússia, mas, segundo os cientistas, o seu equipamento não é suficiente.

O Presidente Vladimir Putin reconheceu na semana passada que se tratava de um “desastre ecológico”, que poderia poluir até 200 mil toneladas de solo.

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