Pelo menos três pessoas, incluindo um estudante, foram mortos a tiro esta tarde no centro de Joanesburgo, junto à Universidade de Witwatersrand, onde funciona o Centro de Língua Portuguesa Camões, anunciou hoje a polícia sul-africana.
Um grupo de homens armados desconhecidos abriram fogo contra dois homens que se encontravam num veículo estacionado junto à instituição académica sul-africana na tarde de hoje, declarou à imprensa local a porta-voz Dimakatso Nevhuhulwi.
“Os dois ocupantes foram mortos. Durante o tiroteio, um autocarro que transportava estudantes universitários foi apanhado no fogo cruzado”, adiantou.
A porta-voz da polícia sul-africana referiu que dois estudantes também foram baleados, um deles foi declarado morto no local, tendo o outro sido transportado para um hospital próximo.
Segundo a polícia, o motivo do tiroteio está a ser investigado.
Em comunicado, a Universidade de Witwatersrand (Wits, na sigla em inglês) salientou que “nenhum dos alunos ou funcionários da Wits ficou ferido” no incidente ocorrido em Braamfontein, acrescentando que “poderá estar relacionado com a violência entre operadores de táxi” e sublinhando que “os serviços de segurança da universidade estão também no local a assistir os serviços de emergência e a polícia”.
De acordo com vários órgãos de comunicação social, o incidente ocorreu à frente do Museu de Arte da Wits, tendo “paralisado” por completo a zona de Braamfontein, no centro de Joanesburgo, a capital económica da África do Sul.
As autoridades sul-africanas encerraram as ruas do centro da cidade no perímetro onde ocorreu o atentado.
A Universidade de Witwatersrand e o Camões, Instituto de Cooperação e Língua criaram em 2002 o Camões - Centro de Língua Portuguesa (CLP), em Joanesburgo.
O CLP está inserido na Escola de Literatura, Língua e Media da Faculdade de Humanidades e visa “a promoção da Língua Portuguesa e das culturas lusófonas do continente africano, bem como o ensino de Português na África do Sul”, segundo o Instituto Camões.