A Procuradoria-Geral da Ucrânia realizou hoje, em cooperação com os serviços de segurança, uma operação em grande escala para expor os membros de um alegado esquema criminoso que desviava fundos destinados à defesa do país.
O montante da fraude ao Estado ucraniano ascende a 1.500 milhões de hryvnia (cerca de 33 milhões de euros), segundo um comunicado da Procuradoria-Geral.
Estão presumivelmente implicados no esquema fraudulento funcionários do Ministério da Defesa, membros de unidades militares, administrações regionais e câmaras municipais, entre outros, bem como diretores de empresas de várias regiões da Ucrânia, de acordo com a investigação.
Um dos 28 indivíduos que foram identificados como suspeitos é o diretor de um dos departamentos do Ministério da Defesa ucraniano.
Também pode estar envolvido o diretor do Centro Territorial de Recrutamento de Donetsk (leste), além de cinco funcionários municipais das regiões de Poltava e Dnipropetrovsk e sete membros de unidades militares de Donetsk, Odessa, Dnipropetrovsk, Kiev e Cherkasi, refere-se no comunicado.
Os suspeitos alegadamente cometeram ilegalidades como inflacionar valores de faturas relativas à compra de bens e a serviços prestados, aceitar fardas militares de baixa qualidade e falsificar documentos.
O suspeito que dirige um departamento do Ministério da Defesa é também acusado de obstruir as atividades legais das Forças Armadas, uma vez que, sabendo da existência de um contrato público, alegadamente assinou um contrato adicional com outra empresa, para a qual transferiu verbas do Estado.
No âmbito da operação, as forças de segurança efetuaram buscas em mais de 65 instituições e organizações em todo o país.
De acordo com a Procuradoria-Geral da Ucrânia, esta é a segunda operação especial em grande escala deste tipo, depois de, em julho, ter sido descoberto um esquema que envolvia 30 indivíduos que defraudaram o Estado em mais de 138 milhões de hryvnia (três milhões de euros).