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Ucrânia: Operadora móvel alvo de ciberataque de ‘hackers’ russos retoma serviços

Data de publicação
13 Dezembro 2023
18:19

A mais importante operadora de telecomunicações ucraniana, Kyivstar, alvo na terça-feira de um ciberataque por piratas informáticos russos, assegurou hoje que está a restabelecer progressivamente os serviços.

“Ao final do dia [de hoje] os nossos técnicos especialistas começaram a restabelecer as chamadas telefónicas em toda a Ucrânia”, declarou a porta-voz da empresa, Irina Lelitchenko, na rede social Facebook, referindo que o regresso dos serviços será “gradual”, à medida em que as dificuldades forem ultrapassadas.

O operador Kyivstar, que tem mais de 24 milhões de assinantes, foi alvo de um ataque informático na terça-feira de manhã, que paralisou a sua rede móvel e teve um grande impacto na vida dos ucranianos em todo o país.

A empresa denunciou o ataque como um ato de “guerra” e as autoridades ucranianas afirmaram que a Rússia era a responsável.

O ciberataque foi reivindicado hoje pelo grupo de piratas informáticos russo “Solntsepiok” (‘Ao Sol’), crime que afetou um número indeterminado de clientes da empresa ucraniana de telemóveis Kyivstar, com cerca de 24 milhões de utilizadores.

“Nós, os ‘hackers’ [piratas informáticos] do ‘Solntsepiok’, assumimos total responsabilidade pelo ciberataque contra a Kyivstar”, a maior operadora da Ucrânia, afirmaram no canal do grupo na rede social Telegram.

Segundo o grupo, em resultado do ataque, “10.000 computadores, mais de 4.000 servidores e todos os sistemas de armazenamento em nuvem e de cópia de segurança” deixaram de funcionar.

“Atacámos a Kyivstar porque a empresa fornece comunicações ao exército ucraniano, bem como a entidades estatais e de segurança ucranianas. Todas as outras entidades que ajudam o exército ucraniano, preparem-se”, avisaram os ‘hackers’.

A interrupção da rede ocorreu na manhã de terça-feira e alguns utilizadores continuavam sem serviço após o anoitecer na Ucrânia.

O diretor-geral da Kyivstar, Oleksandr Komarov, associou o ciberataque, descrito como o maior dos últimos dois anos, à guerra que o país enfrenta.

“A guerra com a Rússia tem muitas dimensões e uma delas é o ciberespaço”, afirmou, atribuindo o fracasso a um “ciberataque de alta potência”.

O porta-voz do exército da Ucrânia, Volodymir Fito, disse à televisão ucraniana que as forças armadas “utilizam um sistema de comunicação um pouco diferente na frente”, pelo que “a situação não irá influenciar as ações” das forças armadas.

Outras empresas privadas, como o banco PrivatBank, também registaram falhas no sistema e a Vodafone Ucrânia também teve problemas com as respetivas aplicações e sistemas de pagamento.

Em Soumy (nordeste), as sirenes de ataque aéreo deixaram de funcionar, anunciou a administração militar da cidade no Telegram.

Em Lviv, segundo a câmara municipal local, uma grande cidade do oeste, o apagão afetou o funcionamento do sistema de iluminação pública.

Um dos maiores bancos ucranianos, o Monobank, disse ter sido alvo de um “ataque DDoS [negação de serviço] maciço”, afirmou o seu cofundador Oleg Gorokhovsky no Telegram.

O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) abriu uma investigação após o incidente, confirmando mais tarde que o ataque foi perpetrado por piratas informáticos russos.

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