A Rússia pediu hoje uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU após o ataque ucraniano de sábado contra uma padaria em Lysychansk, na região anexada de Lugansk, com um balanço de 28 mortos.
“A Rússia pediu uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU pelo ataque das Forças Armadas ucranianas em Lysychansk”, indicou Dmitri Polianski, representante permanente adjunto da Rússia na ONU em mensagem no Telegram.
O mesmo responsável acrescentou que a reunião poderá decorrer na terça-feira às 15:00 de Nova Iorque (20:00 em Lisboa).
A Rússia acusou no domingo o Exército ucraniano de matar 28 civis num ataque a uma padaria em Lysychansk, e responsabilizou o ocidente por fornecer a Kiev o armamento para efetuar estes “ataques terroristas” contra território russo.
“Esta é mais uma prova do caráter criminoso do regime de Kiev (...), e como destacou o Presidente russo, Vladimir Putin, o Exército ucraniano transformou-se por fim numa organização terrorista”, assinalou por sua vez em comunicado Maria Zakharova, porta-voz da diplomacia de Moscovo.
O ataque contra o edifício da padaria, que também incluía o restaurante Adriatic, foi efetuado com um míssil HIMARS de fabrico norte-americano, de acordo com as autoridades russófonas de Lugansk.
Em meados de janeiro, um ataque semelhante provocou a morte de 30 civis e cerca e 20 feridos num mercado de Donetsk, capital da província do mesmo nome e também anexada pela Rússia.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.