O ministro da Defesa Nacional afirmou hoje, em Pedrógão Grande, que todos os ramos das Forças Armadas estão “comprometidos” com a prevenção e combate aos incêndios.
“Desde a Força Aérea, onde mais de 60 meios aéreos estão alocados aos fogos, ao Exército, à Marinha, todos os ramos estão comprometidos, na medida daquilo que é reclamado pelo Estado, na prevenção e no combate aos fogos, nunca negando nada”, salientou Nuno Melo, que falava aos jornalistas no final da cerimónia das comemorações do 10 de Junho, em Pedrógão Grande, um dos concelhos mais afetados pelos grandes incêndios de junho de 2017.
Questionado pela agência Lusa sobre se esse envolvimento das Forças Armadas poderia ser reforçado, Nuno Melo recusou essa necessidade, considerando que os militares têm assegurado os meios pedidos, num trabalho de colaboração com outros ministérios, nomeadamente com o do Ministério da Administração Intern.
O também presidente do CDS-PP afirmou ainda que leva sobretudo “esperança” destas comemorações nos territórios mais afetados pelos incêndios de 17 de junho de 2017.
“Aqui, viveu-se uma tragédia de dimensões épicas que eu espero que não seja repetível”, disse.
Para Nuno Melo, o país tem de aprender “com os erros”, com as mortes e com a destruição de património.
“Temos a obrigação coletiva de fazer melhor”, asseverou, considerando que as Forças Armadas “saberão estar à altura desse desafio, disponíveis para tudo aquilo que seja reclamado pela sociedade, como têm estado, com todos os ramos, sem exceção”.
Questionado sobre medidas para os militares, Nuno Melo reafirmou o compromisso de melhorar “as condições remuneratórias, suplementos, tudo aquilo que ajuda a fixar os militares nas Forças Armadas”.
“As primeiras medidas serão dirigidas para os combatentes atuais e para aqueles que durante parte da sua vida combateram no passado, os antigos combatentes, não esquecendo uns nem outros”, acrescentou.
As comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas centram-se este ano em Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande, concelhos fustigados pelos incêndios de junho de 2017, de que resultaram 66 mortos e 253 feridos. Estes fogos destruíram também cerca de meio milhar de casas e 50 empresas.