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Eleições: Cenários governativos acrescentados à agenda do Conselho Nacional da IL

Data de publicação
20 Março 2024
16:44

O Conselho Nacional da IL de domingo passou a ter na agenda um novo ponto para discutir “os vários cenários governativos”, mantendo-se como já previsto a análise dos resultados das legislativas e um debate sobre as eleições europeias.

Em 12 de março, fonte oficial do partido liberal adiantou à agência Lusa que na reunião deste órgão máximo entre convenções, que vai decorrer em Coimbra no domingo, seriam analisados os resultados das eleições legislativas, havendo ainda um ponto dedicado às eleições europeias de junho.

Hoje, segundo uma nova convocatória, foi ainda acrescentado à agenda um ponto para “discussão sobre os vários cenários governativos”.

Alterações deste tipo nas convocatórias são habituais, cabendo ao Conselho Nacional, conforme está previsto no regimento, votar e aprovar a ordem de trabalhos no início da reunião.

No entanto, a inclusão do ponto para cenários governativos ganha relevância numa altura em que se discute a composição de um novo Governo da AD e a inclusão ou não de nomes da IL neste elenco.

Nas competências do Conselho Nacional da IL está a aprovação de “eventuais coligações ou apoios eleitorais a candidaturas externas”.

Na semana passada, à saída da audiência com o Presidente da República, o líder da IL, Rui Rocha, considerou que “o mais natural”, face aos resultados eleitorais, é ficar de fora de um Governo da AD e negociar “caso a caso” no parlamento, mas mostrou-se disponível para ouvir se o partido vencedor defender uma “solução mais estrutural”.

“Nós cá estaremos para ouvir. Não fazemos todavia disso ponto de honra, caberá ao partido vencedor analisar os cenários em que se quer mover e, portanto, com toda a transparência o que dizemos é que neste momento, agora que estamos a falar, o nosso cenário de base é estarmos no parlamento com essa missão que acabei de descrever”, disse então.

Este fim de semana, no comentário habitual da SIC, Luís Marques Mendes disse que ainda estava “em aberto se será um governo da AD ou um governo da AD e da IL”.

“É muito possível que as duas formações façam um acordo global, que inclua governo e eleições europeias. Se tal acontecer, a IL deverá ter dois ministros e o CDS um. Os demais, serão do PSD. Se a IL não entrar no governo, haverá um ministro do CDS e os demais indicados pelo PSD”, referiu então.

Segundo os resultados provisórios – e ainda sem o apuramento dos quatro deputados pelos círculos da emigração – os liberais firmaram-se como a quarta força política nas eleições de 10 de março, conseguindo os mesmos oito deputados, com 5,08 % e 312.064 votos.

Apesar da subida em termos de número de votos, a IL falhou o objetivo a que se propôs de eleger 12 deputados.

Estas são as terceiras eleições legislativas às quais a IL concorre, tendo João Cotrim de Figueiredo sido o primeiro deputado da história do partido, quando conseguiu a eleição nas legislativas de 2019.

O presidente da IL, Rui Rocha, que assumiu a liderança do partido em janeiro de 2023, depois da saída de João Cotrim de Figueiredo, mostrou-se satisfeito por ter conseguido “consolidar o projeto liberal em Portugal”, apesar de não ter alcançado a meta que traçou.

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