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Eleições: O voto de cada cidadão “vai contar exatamente como ele escolheu” assegura a CNE

Data de publicação
05 Março 2024
18:01

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) assegurou hoje que o voto de cada eleitor nas legislativas de domingo “vai contar exatamente como ele escolheu”, recordando que, em 50 anos de democracia, nenhum resultado eleitoral foi globalmente contestado.

“A CNE garante que o voto de cada cidadão vai contar exatamente como ele escolheu”, adiantou em comunicado o organismo que tem a competência para disciplinar e fiscalizar todos os atos de recenseamento e operações eleitorais em Portugal.

A comissão justifica esta sua tomada de posição, a cinco dias da eleição para a escolha dos 230 deputados à Assembleia da República, com “questões e comentários vindos a público sobre o funcionamento das mesas de voto”.

Nesse sentido, a CNE adiantou que as mesas de voto são compostas por cidadãos indicados por todos os partidos ou coligações que concorrem à eleição e que intervém sempre que tenha conhecimento de situações em que não esteja garantida a pluralidade na composição das mesas.

“Cada candidatura tem ainda o direito de nomear um seu delegado para fiscalizar os trabalhos das mesas”, explicou a comissão, para quem o sistema eleitoral português “caracteriza-se por uma ampla participação dos partidos e dos cidadãos que é a maior garantia da integridade e justiça de cada eleição”.

“Estas características constituem a razão última para que, nos 50 anos vividos em democracia, nenhum resultado eleitoral tenha sido globalmente contestado. E, até onde se pode antecipar, não se conhece razão para que, hoje, seja diferente”, realça a CNE.

Na segunda-feira, o presidente do Chega pediu a demissão do porta-voz da CNE, Fernando Anastácio, alegando que “mentiu aos portugueses” quando disse não ter recebido queixas sobre a possibilidade de desvirtuação do processo eleitoral.

Já no sábado à noite, André Ventura alegou estar em curso uma tentativa para “desvirtuar o resultado” das eleições, que passaria por “anular os votos” do seu partido.

No domingo, André Ventura insistiu nas suspeitas, alertando para uma publicação de um elemento que iria estar nas mesas de voto em Aveiro e disse nas redes sociais que se preparava para anular os votos no Chega.

O BE condenou essa “piada de mau gosto” e instou este elemento a pedir dispensa da função que iria exercer, o que aconteceu antes da denúncia de Ventura.

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

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