O secretário-geral do PS afirmou hoje que, enquanto ministro das Infraestruturas nos governos socialistas, esteve diretamente ligado a projetos de renovação e de abertura de novas linhas ferroviárias no país, enquanto outros no passado encerram-nas.
“Enquanto outros encerraram linhas, nós abrimos linhas, renovámos, eletrificamos e modernizámos”, sustentou Pedro Nuno Santos em declarações aos jornalistas bem no meio de uma linha de caminho-de-ferro já construída e que fará parte do troço entre Évora e o Alandroal do corredor internacional sul (Sines/Caia).
Em campanha pelo distrito de Évora, o líder socialista visitou as obras de construção da nova linha ferroviária do corredor internacional sul, que permitirá reduzir em 140 quilómetros o itinerário de comboio entre o porto de Sines e a fronteira espanhola e baixar em cerca de 50% os custos de transportes.
Em termos de médio prazo, quando se justificar em termos de procura, prevê-se que os comboios de passageiros possam atingir uma velocidade de 250 quilómetros hora em algumas partes da nova linha. Para as mercadorias, a velocidade poderá atingir os 125 quilómetros por hora.
“Investir no transporte coletivo é um dos maiores contributos que damos para a transição climática. Infelizmente, durante décadas, fizemos o processo contrário, que foi encerrar linhas. Agora, estamos a abrir linha nova”, salientou Pedro Nuno Santos, procurando transmitir uma ideia de contraste entre o passado e o presente.
Segundo o secretário-geral do PS, em simultâneo com os novos troços, “está a ser globalmente modernizada a rede ferroviária nacional”.
“Temos a rede ferroviária nacional em obra, parte da qual já concluída, como na linha do Minho e em vários troços da linha do Douro ou na linha da Beira Baixa, que esteve fechada durante vários anos e que tive a oportunidade de reabrir quando estive no Governo. Além desta em que estamos, há muitas obras em curso nas linhas do Oeste, Cascais e Algarve, que vão ser inauguradas por nós”, declarou, numa alusão às eleições legislativas de 10 de março.
Interrogado sobre a razão de a linha em construção até Elvas ser de via única e não dupla, o líder socialista alegou que “o primeiro objetivo foi ligar os portos marítimos nacionais à Europa e o corredor sul insere-se nesse projeto”.
“Mas, obviamente, esta linha será compatível com o transporte de passageiros. Vai ter uma utilização mista enquanto houve capacidade para isso e a procura estiver ajustada à oferta. A linha está preparada para avançar para via dupla, tendo para tal já as fundações necessárias. Mas, enquanto não há procura que justifique, não fazia qualquer sentido estar-se já em via dupla”, justificou.