Vítor Escária, ex-chefe de gabinete de António Costa, vai declarar os 75.800 euros apreendidos mas buscas aoeu escritório na residência oficial do primeiro-ministro no âmbito da Operação ‘Influencer’, que culminou na demissão do cabeça de governo.
A garantia foi deixada pelo advogado de Escária, em entrevista ao programa “Justiça Cega” da Rádio Observador, que mais avançou que o referido montante já foi declarado ao Fisco, retificando-se assim a declaração de IRS, respeitante aos anos de 2022 e 2023.
Recorde-se que o montante apreendido se encontrava dissimulado entre livros e caixas de vinho.
Segundo justificou Vítor Escária, este valor foi recebido pelos serviços de consultoria por si prestados.
Recorde-se que esta operação assentou em pelo menos 42 buscas e levou à detenção de cinco pessoas: o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, dois administradores da sociedade Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e o advogado Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa.
O ministro das Infraestruturas, João Galamba, e o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, foram constituídos arguidos.
Este processo visa as concessões de exploração de lítio de Montalegre e de Boticas, ambos em Vila Real; um projeto de produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, Setúbal, e o projeto de construção de um ‘data center’ na Zona Industrial e Logística de Sines pela sociedade Start Campus.