A Federação de Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (FESAP) aprova hoje as suas reivindicações sobre salários, pensões, carreiras e avaliação, que pretende negociar com o Governo antes da aprovação do próximo Orçamento do Estado.
O caderno reivindicativo será aprovado numa reunião do Secretariado Nacional da FESAP e enviado posteriormente à tutela, incluindo propostas relacionadas com a elaboração do Orçamento do Estado para 2022, o processo de negociação geral anual para a Administração Pública e os restantes processos negociais a desenvolver até ao final do ano de 2021 e no decurso do ano 2022.
"O nosso caderno reivindicativo incluirá todas as matérias importantes para melhorar as condições de vida e de trabalho dos trabalhadores da Administração Pública", disse o secretário-geral da FESAP, José Abraão, à agência Lusa.
A valorização dos salários e das carreiras é considerada fundamental pela FESAP para compensar os mais de dez anos de congelamento salarial.
"É fundamental recuperar algum do poder de compra perdido desde 2009, que ronda os 15%, por isso o valor que aprovarmos para o aumento salarial de 2022 terá de ter isso em conta, assim com o da inflação verificada e a prevista para o próximo ano", afirmou José Abraão.
Entre as reivindicações da FESAP estarão o aumento dos salários e das pensões para 2022, a revisão de carreiras, a valorização da negociação coletiva, a regulamentação do teletrabalho, a revisão do sistema de avaliação, o combate à precariedade e matérias relativas à transição digital, formação e qualificação dos trabalhadores e aos serviços públicos essenciais.
Lusa