As Forças de Defesa de Israel (FDI) reivindicaram hoje terem neutralizado uma série de cargas explosivas escondidas nas salas de aula e no pátio de uma escola situada perto do campo de refugiados de Nuseirat, na Faixa de Gaza.
A escola em questão é a “Mártir Ibrahim al-Maqadma”, um homenagem a um proeminente dirigente palestiniano e considerado um dos fundadores do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que foi morto em março de 2003 por um bombardeamento israelita contra o veículo em que viajava na cidade de Gaza.
Segundo o portal oficial do exército israelita, além dos explosivos, as tropas que se encontravam na zona localizaram também um posto de observação no interior da escola, que terá sido utilizado por membros das milícias palestinianas “para fins terroristas”.
”Estamos aqui, no coração de uma escola aparentemente inocente. [...] E, no coração desta escola, temos um simulador de combate do Hamas, instalações que estavam à espera das nossas forças”, disse o responsável pela brigada israelita destacada na zona.
A operação integra-se no quadro das incursões militares “destinadas a eliminar os terroristas e a destruir as infraestruturas terroristas no centro da Faixa de Gaza”.
A guerra entre o Hamas e Israel eclodiu a 07 de outubro, quando comandos do movimento islamita se infiltraram a partir da Faixa de Gaza e levaram a cabo um ataque sem precedentes no sul de Israel, provocando a morte de 1.170 pessoas, na sua maioria civis, segundo um relatório da AFP baseado em dados oficiais israelitas.
Mais de 250 pessoas foram raptadas e 129 continuam detidas em Gaza, 34 das quais morreram, segundo as autoridades israelitas.
Em represália, Israel prometeu aniquilar o Hamas, que considera uma organização terrorista, juntamente com os Estados Unidos e a União Europeia (UE).
O exército israelita lançou uma ofensiva que já causou 33.634 mortos em Gaza, na sua maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.