O Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa registou, entre as 00:00 e as 16:20, 160 ocorrências devido ao mau tempo, mais de metade relacionadas com inundações e quedas de árvores ocorridas depois das 12:00.
“Das 160 ocorrências, 136 foram registadas entre as 12:00 e as 16:20, devido à queda de chuva intensa que se verificou durante a hora de almoço”, disse à agência Lusa Nuno Marques, oficial de serviço no Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa.
Destes 136 pedidos de ajuda, “108 foram referentes a inundações e sete a quedas de árvores”, afirmou, num balanço efetuado perto das 16:30, altura em que ainda se encontravam ativas 85 ocorrências na cidade de Lisboa.
As inundações ocorreram “sobretudo em estradas e em habitações, neste caso por problemas nos telhados e falta de limpeza dos algerozes”, explicou o oficial de serviço.
A chuva intensa provocou inundações na Estrada de Chelas e na Rua das Pretas, na baixa de Lisboa, mas nenhuma via esteve fechada à circulação.
Às 16:30, o trânsito encontrava-se congestionado no túnel da Avenida de Berlim, “devido à altura da água”, disse ainda.
De acordo com Nuno Marques, nestas ocorrências foram empenhados todos os operacionais dos 11 quartéis dos bombeiros sapadores (com exceção da equipa de matérias perigosas) e mais de 40 viaturas.
Com base nas previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IMPA), a Proteção Civil alertou na segunda-feira para a possibilidade de vento, por vezes forte, nas terras altas e no litoral oeste com rajadas até 80 quilómetros por hora (km/h).
Para hoje, o IPMA prevê chuva, por vezes forte e persistente, que poderá ser de granizo e acompanhada de trovoada e agitação marítima forte, com ondas de noroeste na costa ocidental, atingindo seis a sete metros a norte do Cabo Carvoeiro (altura máxima de 12 metros).
Para as terras altas, em especial do norte e do centro, as previsões apontam para queda de neve, descendo a cota gradualmente para os 600/800 metros.