Segundo notícia avançada pela Renascença, o processo disciplinar aplicado a 13 marinheiros que faziam parte da guarnição do NRP Mondego está parado desde julho do ano passado e a defesa dos militares não entende o motivo.
“O processo disciplinar está parado desde 27 julho, quando a defesa apresentou a contestação. Não mexeu porque a Marinha não quis que ele se mexesse, por motivos que não conhecemos”, afirmou em declarações à Renascença, Paulo Graça, um dos advogados de defesa dos militares.
O advogado acusa a Marinha de estar a ter um papel pouco transparente ocultando provas. “A marinha tem pautado o seu comportamento pela ocultação de provas, indeferindo as provas requeridas invocando pertences segredos relativamente a matérias que não lhe interessa que sejam trazidas a lume, por exemplo: mensagens trocadas entre o comandante do navio e a hierarquia da Marinha reportando o estado em que o navio se encontrava. Tudo isso a marinha pretende que não seja trazido ao processo invocando segredos”, denuncia.
“É estranho que o processo fique parado sem que haja nenhum tipo de atitude por parte da entidade que tem de investigar. Se estivesse a atuar de forma independente seria a primeira a querer resolver o caso”, acrescenta, informando que os militares “estão a desempenhar funções normalmente, se não fosse este acontecimento seriam marinheiros sem história na Marinha. Foram todos colocados em postos em terra.”