O presidente do parlamento assumiu hoje que a maior fragmentação política resultante das últimas eleições é o fator mais desafiante para o exercício das suas funções, mas assinalou que, se os resultados forem bons, também será mais compensador.
José Pedro Aguiar-Branco, antigo ministro social-democrata, manifestou essa sua convicção em declarações aos jornalistas no final de uma receção a alunos de uma escola da Amadora, que tem estudantes de mais de 40 nacionalidades e com a qual assinalou hoje o Dia da Assembleia da República.
Interrogado sobre as dificuldades da sua ação num parlamento em que não há uma maioria no hemiciclo, o presidente da Assembleia da República procurou em primeiro lugar desdramatizar o atual quadro político existente no parlamento.
“É o que é, ou seja, os portugueses votaram. A eleição de todos os senhores deputados foi em voto secreto, universal e direto. A democracia assim o determinou. A sociedade portuguesa assim o quis”, frisou o presidente do parlamento.
José Pedro Aguiar-Branco assinalou depois que a sua própria legitimidade, enquanto presidente da Assembleia da República, decorre também desse ato eleitoral “assente nessa dimensão mais fragmentada”.
“É mais desafiante. Mas, depois, se os resultados forem bons, também será mais compensador”, declarou o presidente da Assembleia das República.