O gestor Francisco Montero, consultor da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) morreu na sexta-feira, aos 72 anos, e as cerimónias fúnebres realizaram-se hoje, disse à Lusa uma familiar.
Francisco Mantero morreu na sexta-feira, aos 72 anos, vítima de doença súbita, na sua casa, em Cascais, tendo as cerimónias fúnebres sido realizadas hoje, disse à Lusa uma familiar. Era consultor da OCDE, coordenando grupos de trabalho em Paris (França) e em Bruxelas (Bélgica).
A sua carreira esteve ligada à gestão de empresas em África ou relacionadas aquele continente, nomeadamente em S. Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Moçambique.
Do seu percurso destacam-se ainda funções na Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa/Associação Comercial de Lisboa, com o pelouro das Relações com os Países Lusófonos e Cooperação Internacional e a representação de Portugal na European Union Cocoa Trade Organization (em Londres).
Fez parte da Comissão Nacional da UNESCO, da administração do Forum Afrique-Europe e da Comissão de Fiscalização do Instituto da Cooperação Portuguesa.
Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, foi presidente e vice-presidente do Conselho Geral da ELO - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico e a Cooperação; secretário geral da Confederação Empresarial da CPLP-Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e membro do conselho de administração do European Business Council for Africa and the Mediterranean (EBCAM), com sede em Bruxelas, organismo a que presidiu entre julho de 2006 e 30 de junho de 2007.
Integrou o grupo de trabalho "Development Policy" da BusinessEurope, com sede em Bruxelas, em representação da CIP-Confederação Empresarial de Portugal; foi assessor da CA Consult S.A./Grupo Crédito Agrícola e Curador da Fundação Portugal África (desde a sua constituição em 1995).
Integrou o conselho consultivo do Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa e o conselho de Orientação do Instituto de Investigação Científica Tropical.
Foi condecorado pelo Presidente da República do Brasil, com o grau de Comendador da Ordem do Cruzeiro do Sul; pelo Presidente da República de São Tomé e Príncipe com a Medalha da Independência Nacional e pelo Presidente da República Portuguesa com o grau de Comendador da Ordem do Mérito.
Lusa