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“Desaparecimento perturbador” do casal francês na Madeira

Paulo Graça

Jornalista

Data de publicação
27 Março 2024
16:12

Já é notícia de destaque em França o desaparecimento sem deixar rasto de Véronique e Laurent Blond, que estavam de férias na Madeira. Tal como tinham feito antes, fizeram uma caminhada a 16 de março, sem a filha. A partir daí, o mistério adensa-se e ninguém os viu desde então. Já em França, o Ministério Público abriu uma investigação por “desaparecimento perturbador”, segundo apurou o JM. O Republicain Lorrain publicou na tarde desta quarta-feira um artigo sobre o processo e a investigação.

Véronique e Laurent Blond, de 56 e 57 anos, estavam de férias na Madeira com a filha Johanna, de 27 anos. Em 16 de março, este casal de padeiros, originalmente de Beaumont-de-Lomagne (Tarn-et-Garonne), fez uma caminhada e deixou a filha Joana a descansar em casa, um alojamento local em São Vicente.

Já em França, o procurador da República de Montauban, Bruno Sauvage, abriu uma investigação “por desaparecimento perturbador”, após ser informado pelo “magistrado da crise e centro de apoio do Ministério das Relações Exteriores”, revela o “Republicain Lorrain”.

As buscas efetuadas no distrito de Castelsarrasin resultaram numa “visita domiciliar” à casa do casal, em Beaumont-de-Lomagne. Nada foi encontrado que sugerisse um desaparecimento deliberado, revela as autoridades. Do ponto de vista técnico, “as várias requisições telefónicas feitas de imediato” não permitiram “localizar o telemóvel”, disse Bruno Sauvage.

As autoridades questionam se foi um acidente ou é um desaparecimento voluntário. Até ao momento, não há nada de concreto.

O Jornal revela que a filha, Johanna, está muito ativa nas redes sociais, a fim de alertar os turistas e outros caminhantes que possam conhecer bem o local.

”Eles saíram com duas garrafas de água, só um pouco de dinheiro. Normalmente, eles estavam na mentalidade de não voltar tarde demais”, disse a filha à televisão TF1 na passada segunda-feira.

Já em Beaumont-de-Lomagne, a filha revelou ao Republicain Lorrain que está a acompanhar as buscas, agora à distância.

”Mesmo que seja para os encontrar mortos, precisamos disso precisamente para seguir em frente”, acrescenta. “Se alguém tiver uma ideia, avise-me ou avise a polícia”, acrescentou no seu último sua post no Facebook, que foi atualizada nesta quarta-feira. “Estou desesperada e só quero encontrar os meus pais.”

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