Mas de que comorbilidades enferma este superpopuloso governo de Portugal? Estas patologias são muitas e conhecidas, e têm vindo a afectar desde sempre os governos socialistas, mas perante a pandemia, estas comorbilidades governamentais estão a deixar o país muito maltratado. Uma das primeiras comorbilidades observadas logo no início da pandemia foi declaradamente a incompetência. Esta incompetência crónica, manifestada por uma relação esquizofrénica com as máscaras e afins, foi um sinal que as coisas não iam correr bem.
Depois veio a soberba, outra maleita que em conjunto com a incompetência deixam qualquer governo num estado deficitário. Esta soberba, manifestada por um autocontentamento e arrogância pelos menos maus resultados por comparação com outras realidades, afectou o discernimento do paciente. Falavam dos espanhóis e dos italianos, mandavam passar umas reportagens exóticas de Bolsonaro e Trump, a que chamavam assassinos e o super Costa brilhava, mas eram já sinais de um estado febril e infecioso.
Neste estado febril e sem antipirético que lhe valesse, depois do verão e de forma conformada veio uma apatia grave que atingiu todo o executivo socialista. Estava tudo feito, éramos os campeões da Covid e Costa brilhava ainda mais, o estado de pirexia era uma realidade. Esta apatia, esta preguiça de fazer as coisas que se imponham, foi fatal, em Dezembro a coisa estourou. Uma tosse aqui, uma tosse ali, alguns tremores de norte a sul e estava o caldo entornado, a Covid estava aí e estava para ficar.
Com a incompetência, a soberba e a apatia instalados, de forma oportunista veio a dissimulação, patologia que geralmente afecta os governos socialistas quando debilitados. Janeiro começou mal, um desastre, não tinham nada preparado, nem nos hospitais, nem nas escolas e o país tombava às mãos da Covid. Esta dissimulação manifestou-se no corpo deste governo através de uma intolerância aos factos e à critica e através de um suposto desconhecimento da tal variante inglesa. Nada melhor do que arranjar uma mulher para culpar, ainda por cima, uma estrangeira que veio apenas passar uns dias ao Algarve… o problema é que vão chegar mais e de outros países… isto das variantes da Covid até parece um anúncio da Benetton.
Como se não bastasse este quadro clínico grave do governo, quando finalmente arrancou a vacinação (sem acento no a), mais uma doença congénita dos socialistas veio ao de cima, a desorganização. E os sintomas foram muito expressivos, balburdia total e anarquia, foi o vacine-se quem puder (sem acento no a). Infelizmente os sintomas da desorganização manifestaram-se também na educação, um caos informático e ideológico que colocou os alunos a uma distância interplanetária dos professores durante demasiadas semanas. O cenário é dantesco e coisa alguma funciona, desta feita e numa reação de autoimunização política começam a surgir os primeiros sintomas de uma distração convulsiva. Esta síndrome da distração manifesta-se através da divulgação de notícias folclóricas tais como a vacinação indevida do padre da aldeia, do marido da médica ou do pessoal da pastelaria, entre outras. Assim, de forma exímia fizeram esquecer as filas de ambulâncias, a falta de meios e o colapso do sistema. Com a incompetência, soberba, apatia, dissimulação, desorganização e distração a enfermar este governo o que será de Portugal perante a pandemia? Pobre país este, que às mãos de um governo doente e infectado, não tem quem o cuide, quem o vacine nem quem o eduque.