Erik Homburger Erikson (Frankfurt, 15 de junho de 1902 — Harwich, 12 de maio de 1994) foi um psicólogo do desenvolvimento e psicanalista conhecido pela teoria sobre o desenvolvimento psicológico dos seres humanos.
Para este autor cada estádio ou fase da vida, é atravessado por uma crise psicossocial entre uma vertente positiva e uma negativa. Estas duas vertentes são dialeticamente necessárias; contudo é essencial que se sobreponha a vertente positiva.
Primeira idade, Confiança versus desconfiança, dos 0-18 meses.
A confiança está muito relacionada com a interação do bebé com a mãe, se a criança não se sentir segura e confiante – se a mãe não responder às suas necessidades – pode desenvolver medos, receios, sentimentos de desconfiança.
Segunda idade, Autonomia versus dúvida e vergonha, 18 meses-3 anos.
A progressiva independência em relação à mãe permite-lhe explorar o meio que a cerca, se as crianças são demasiado reprimidas ou castigadas severamente, é provável que desenvolvam um sentimento de dúvida e vergonha.
Terceira idade, Iniciativa versus culpa, 3-6 anos.
A criança, que já se exprime com à-vontade, física e verbalmente, realiza atividades diversificadas afirmando a sua identidade. Este estádio marcará a possibilidade de tomar iniciativas sem medo de culpabilidades.
Quarta idade, Indústria/mestria versus inferioridade, 6-12 anos.
A idade do desenvolvimento de capacidades, competências (intelectuais, sociais, físicas, escolares).
O versus negativo é o sentimento de inferioridade e de inadequação que pode levar a bloqueios cognitivos e a atitudes regressivas.
Quinta idade, Identidade versus difusão/confusão, 12-18/20 anos.
É a idade em que, na vertente positiva, o adolescente vai adquirir uma identidade psicossocial, isto é, entende a sua singularidade, o seu papel no mundo.
O versus negativo refere os aspetos, sentimentos de confusão/difusão de quem ainda não se encontrou a si próprio, não sabe o que quer e tem dificuldade em fazer opções.
Sexta idade, Intimidade versus isolamento 18/20-30 e tal anos.
Os indivíduos encaram a tarefa de construir relações com os outros numa comunicação profunda expressa no amor e nas relações de amizade.
A vertente negativa é o isolamento de quem não consegue partilhar afetos com intimidade nas relações privilegiadas.
Sétima idade, Generatividade versus estagnação, 30-60 e tal anos.
A generatividade, é a fase de afirmação pessoal, nomeadamente no mundo do trabalho, da família e de interesse pelos outros e por uma vida social.
A vertente negativa é a centralização nos seus interesses próprios e superficiais, o empobrecimento das relações interpessoais, a estagnação.
Oitava idade, Integridade versus desespero, depois dos 65 anos.
Quando se considera positivo o que se viveu e se compreende a integridade da sua existência ao longo das várias idades.
O desespero é a vertente negativa que advém quando se renega a vida, mas se sabe que já não se pode recomeçar uma nova existência.
A grande virtude adquirida nesta idade é a sabedoria de quem se entende num balanço da vida.
Erikson, é o meu psicólogo preferido, porque ao longo da vida, segundo o mesmo, se formos positivos e nos centrarmos no amor, podemos superar as fases da vida, e há sempre uma oportunidade de mudança para melhor.
Esta perspectiva positiva sobre a vida, sempre me intrigou desde que o estudei no 12º ano.