Hoje darei continuidade à discussão da "Agenda 2030 na RAM" iniciada no artigo do passado dia 23 de Fevereiro. Assim, importa não só perceber onde se situa a RAM no todo nacional, recordo que Portugal ocupa atualmente o 18º lugar entre 34 países no "SDG Index" de 2022 à escala europeia, bem como identificar quais as especificidades da região, tendo em conta a sua ultraperiferia, bem como compreender o que representam realmente na RAM cada um dos 17 SDGs descritos anteriormente.
Primeiramente, importa saber se estamos mesmo comprometidos com o desenvolvimento sustentável na RAM, nas três dimensões da sustentabilidade, a saber, social, ambiental e económica. Depois perceber o que estas três dimensões representam e no que se traduzem a nível regional. Mas antes de avançarmos de imediato para uma eventual análise de vários indicadores, seja os usados pelo "SDG Index", ou outros que vêm sendo utilizados quando se avança para o diagnóstico tendo em vista a "localização" dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, importa primeiramente perceber junto das diversas entidades e dos seus responsáveis qual o tipo de "sensibilização" destes para a "Agenda 2030" e para o desenvolvimento sustentável, bem como aferir junto das mesmas sobre o "conhecimento" do que representam os SDGs. Depois, e tendo por base a experiência na investigação que tenho vindo a desenvolver neste campo, importará identificar quais as prioridades da região ao nível do desenvolvimento sustentável, bem com as necessidades dos madeirenses e de todos os que escolhem a RAM para viver e trabalhar. Seguidamente, teremos de compreender e analisar os esforços das entidades governativas e de um vasto conjunto de diferentes parceiros, esforços esses que se traduzem através de ações, iniciativas e políticas atualmente em curso tendo em vista a adaptação e implementação dos SDGs localmente na região. E por fim então, aí sim, identificar indicadores aos níveis regional e municipal para cada um dos 17 SDGs.
Parece complexo, mas importa continuar a desbravar caminho, apostando não só na sensibilização da importância da promoção do desenvolvimento sustentável, bem como na adoção de políticas e práticas consonantes com as metas e compromissos da "Agenda 2030" das Nações Unidas.