Kátia Freitas Vieira, advogada de Idalina Perestrelo, entendeu que “foi feita justiça” com a absolvição da ex-vice-presidente da Câmara do Funchal e do então responsável pelos jardins do município no caso da queda da árvore do Monte, em 2017.
À saída do Tribunal da Comarca da Madeira, a representante da antiga autarca apontou falhas à forma como o Ministério Público (MP) conduziu a investigação, mas frisou que, no final, “fez-se justiça”.
”O MP falhou muito, quer na fase de inquérito, quer na fase de instrução, mas agora não. Na fase de julgamento, o MP foi totalmente isento e extremamente profissional. Estamos muito satisfeitos, fez-se justiça”, começou por dizer.
Kátia Vieira reforçou que Idalina Perestrelo e Francisco Andrade “não tinham rigorosamente nada a ver com a queda da árvore”, que entendeu ter sido um evento trágico, mas imprevisível.
“Há tragédias, há fatalidades, ocorreu a queda de uma árvore como ocorreu o 20 de Fevereiro. É óbvio que estamos solidários com as famílias das vítimas e com as pessoas que ficaram feridas, mas estes sete anos foram uma tragédia para a vida da dra. Idalina e do engenheiro Francisco. Foi feita justiça”, acrescentou.
A advogada criticou ainda o que classificou como “aproveitamento político, da esquerda à direita”.
”Estamos a falar de pessoas, de entes queridos que partiram”, frisou lamentando que houve quem “quisesse tirar vantagem” do processo.