Renovar a frota, aumentar o número de viagens dos autocarros, bem como os horários disponíveis entre as várias localidades da Região, é cada vez mais urgente face à realidade que se vive hoje, afirmou, esta segunda-feira, o JPP.
”Por um lado, permitiria aos madeirenses e porto-santenses deslocarem-se a um valor muito mais acessível e, por outro, iria diminuir a pressão que se faz sentir nas nossas estradas, principalmente por turistas, com o número de carros de rent-a-car a circular pela Região”, justificou o partido, numa nota enviada à redação
A este propósito, Lina Pereira, deputada do JPP na ALRAM, recordou o elevado preço do combustível e a falta de alternativas, que obrigam grande parte das famílias a ter carro próprio, “numa elevada despesa mensal só para o transporte”.
“Existir mais viagens disponíveis e mais horários em toda a Região seria até uma mais-valia para promover a zona Norte, diminuindo o despovoamento, dinamizando e rejuvenescendo localidades que hoje estão maioritariamente envelhecidas, para além de ser uma forma de apoio a todas as famílias da Região”, propôs a parlamentar, que apela a que seja seguido o exemplo de outros países, “onde o investimento nos transportes públicos é um compromisso sério dos Governos, com incentivos para crianças, estudantes, idosos, pensionistas e turistas, o que acontece não apenas em termos de valor pago, mas também em termos de disponibilidade dos transportes”.
Para Lina Pereira, é fundamental reconhecer que há divergências notáveis entre a oferta de transporte público no Funchal quando comparada com outros concelhos, “não só ao nível dos padrões de utilização, mas também em relação aos padrões de conforto, com impacto direto no bem-estar do utilizador, seja residente ou turista”.
“Situação aliás, que ficou bem patente perante a chuva intensa que caiu nos últimos dias e que originou relatos de indignação de alguns utilizadores sobre o estado dos autocarros em que viajavam”, exemplificou.
“Não esqueçamos que o Governo de Miguel Albuquerque está desde 2016 para cumprir o PIETRAM, com a criação de uma rede única de transporte coletivo de passageiros a um preço muito mais acessível, de uma forma mais constante, descentralizando não só os serviços como permitindo às pessoas sair dos contextos urbanos e ir viver para zonas rurais – diminuindo o custo com a habitação, invertendo o ciclo de envelhecimento das zonas rurais e diminuindo a pressão das zonas urbanas”, rematou.