Dina Letra confirmou, hoje, ao JM, que se recandidata à liderança do Bloco de Esquerda Madeira.
A atual coordenadora dos bloquistas na Região é a primeira subscritora de uma moção que será apresentada na Convenção Regional do partido.
‘Reforçar a Esquerda e Consolidar o Bloco’ é o título da moção que será discutida e votada na reunião magna regional marcada para 21 de janeiro.
“Há falta de esquerda na Madeira. Queremos reforçar a defesa dos serviços públicos, que foram uma herança do 25 de abril. Queremos saúde e educação gratuitos. Cada vez mais, os madeirenses estão a ver vedado o acesso à saúde. É preciso combater a política em que tudo é pago e muito pouca coisa é gratuita”, defende Dina Letra.
A dirigente bloquista considera haver “dificuldades no acesso a uma educação digna”, apontando a “falta de professores e de outros funcionários nas escolas”.
“Candidatamo-nos pela defesa dos serviços públicos e dos madeirenses, para que tenham acesso a habitação digna, (uma carência que se vive na Madeira) e a melhores salários. Com o custo de vida que temos, os salários não chegam ao fim do mês”. sublinha.
Dina Letra sente que “é preciso quem combata as políticas de direita que só têm conduzido ao empobrecimento dos madeirenses”.
“Quando o Dr. Albuquerque vem congratular-se com um PIB de 6 milhões de euros e nós vimos que a grande maioria dos madeirenses não recebe salários superiores a mil euros (média salarial é inferior a mil euros), isso quer dizer que há uma pequena elite que é privilegiada, que está a enriquecer e que a maioria da população está a empobrecer. Isso é resultado das políticas que o PSD implementou nesta terra há já muito tempo”, reforça.
A líder do BE Madeira entende que as políticas têm favorecido “quem nada contribui para o desenvolvimento da Região, nomeadamente, os estrangeiros, que beneficiam de vistos ‘gold’, os nómadas digitais e os residentes não habituais”.