“Falamos pouco de saúde mental e por vezes muito ao de leve. Haver apenas 1 IPSS a desenvolver trabalho nesta área, com este número de utentes e com apenas 10 elementos na equipa, é quase desumano. É fundamental haver uma maior distribuição dos apoios públicos às entidades, garantindo de forma equitativa e equilibrada que todas têm as devidas condições para o pleno exercício das suas atividades.”, defende Mónica Freitas.
A cabeça-de-lista e deputada do PAN Madeira, acompanhada pelo candidato Válter Ramos visitou, hoje de manhã, a AFARAM - Associção de Familiares e Amigos do Doente Mental da Região Autónoma na Madeira.
Esta IPSS fundada há 20 anos, desempenha um incansável e fundamental trabalho de proximidade com os utentes, sendo crucial o aumento dos apoios e a reestruturação da rede de suporte à mesma pelo bem do trabalho que desenvolvem na comunidade.
É a única IPSS a desenvolver trabalhos na área da doença mental na região, contando com 33 utentes e duas residências com 25 pessoas que beneficiam das respostas atribuídas por esta entidade.
Esta é uma área que envolve a nível nacional uma articulação entre as tutelas da saúde e do social, mas que na Região se encontra órfã , tendo a própria entidade que realizar esforços para conseguir respostas.
O PAN defende uma maior responsabilização e ação do Governo, devendo estas matérias constar nas tutelas tanto da inclusão e juventude como da saúde, tratando os respetivos procedimentos como se faz com os internamentos em lares e centros de dia, entre outras respostas sociais que passam pela segurança social e que depois são encaminhadas para a saúde.
Para tal, o PAN pede que se reconheça o trabalho dos profissionais e se lhes dê o mérito merecido através da reformulação das tabelas salariais das IPSS e do reforço das verbas atribuídas para contratação de profissionais qualificados.
O Partido alerta ainda para a necessidade da disponibilização de espaços para poderem desenvolver a autonomização destas pessoas, nomeadamente a reconversão de espaços públicos inutilizados que deveriam ser aproveitados para garantir respostas na comunidade.
“Queremos ainda parabenizar todos/as os/as profissionais das áreas sociais que tanto dão de si, desempenhando horas extra, usando dos seus próprios recursos para a causa social. Apesar da boa vontade de quem está nesta área, é inadmissível que não haja maior aposta e investimento. É preciso um olhar sério e responsável que promova um trabalho em rede entre entidades e instituições aumentando as respostas sociais e comunitárias às diferentes franjas da população.”
Valorizar e dotar estes profissionais de todos os meios necessários para desenvolver o trabalho que mais ninguém quer ter e que constantemente empurra essa responsabilidade de um lado para o outro é também uma questão de justiça. Dar dignidade e amparo ao doente mental é uma questão de justiça social e o PAN Madeira tem, no seu Programa Eleitoral, várias medidas que focam a questão do doente mental e de todos os profissionais que se debruçam sobre elas.