Elementos da CDU estiveram hoje no Vale da Fundoa, onde dizem que há um “processo de matança ambiental” e culpam os governantes por isso. Falam em “riscos e ameaças à segurança de pessoas e bens na cidade do Funchal”.
”No Vale da Fundoa, entre a freguesia do Monte e de São Roque, no concelho do Funchal, impera a selvajaria ambiental. Aquela é uma das obras criminosas desta Região, desde logo, por estar a acontecer à margem da legalidade. Mas, é uma intervenção criminosa dos governantes na medida em que constitui um crime ambiental, onde a Autarquia e o Governo Regional favorecem aquela agressão predatória, lesiva para a segurança das populações e da cidade do Funchal”, afirma Edgar Silva.
Segundo o coordenador da CDU, trata-se de uma “ocupação selvagem, ao arrepio de qualquer tipo de ordenamento do território”, pelo que diz ser “um crime contra o interesse público”.
“É um crime, na medida em que atenta contra todas as normas ambientais, ao arrepio dos princípios de prevenção de riscos ambientais. É um crime, porque, apesar de beneficiar da protecção governamental, aquele território está a ser ocupado abusivamente para fins comerciais pondo em risco toda a comunidade, destruindo e perigando toda a cidade”, sustenta.
Segundo Edgar Silva, a situação denunciada teve início “no tempo em que o PSD governava a CMF” e agravou-se “com a governação PS na CMF”.
“O problema ainda mais se agravou com a multiplicação de empresas que selvaticamente tomam conta do Vale da Fundoa através do movimento de inertes, com despejo de entulhos, com descarga de terras. A ocupação selvagem do vale da Fundoa é um crime político cometido pela governação PS na CMF, como também pela completa anuência do PSD no Governo Regional”, afirma o dirigente comunista.
A CDU, pela voz do seu dirigente, considera esta um exemplo do que chama “parques industriais clandestinos nas margens de ribeiras”, neste caso, acima das oficinas da Câmara Municipal do Funchal, obras que considera impunes.