A CDU realizou, na manhã deste domingo, uma iniciativa política nas zonas altas de Santo António, no Ribeiro Lavador, (concelho do Funchal), onde o coordenador regional apontou essa zona como “um dos exemplos da lenta construção de Justiça Social”.
Como enfatizou com Edgar Silva, “naquela localidade das zonas altas, onde tanto falta o investimento público, onde a população reclama pelo caminho há muito prometido, por melhores acessos, pelas bolsas de estacionamento tão adiadas, por equipamentos públicos capazes de humanizar as zonas altas, ali onde as desigualdades sociais são tão evidentes, escandalosamente contrastantes com os lugares dos senhores do mando, a CDU valoriza as conquistas alcançadas pela luta das populações”.
O comunista referiu que, “nas zonas altas do Funchal também existem bons exemplos de como tem sido possível às populações conquistar direitos e ir edificando Justiça Social”. Nesse sentido, Edgar Silva sublinhou que, “tal como noutros locais, no Ribeiro Lavador, a população, através da continuidade de cada uma das lutas concretas, conseguiu, num primeiro momento, que os governantes fossem obrigados a investir na melhoria dos acessos e, agora, numa nova etapa, foi alcançada uma nova vitória da luta das populações. Já está orçamentada a verba necessária à construção da estrada, há muito prometida, e tão necessária ao desenvolvimento local. Este é o resultado positivo de um longo processo reivindicativo que já conheceu diversas formas de luta das populações das zonas altas”.
Para a CDU, “embora seja ainda preciso muito trabalho até que as obras se iniciem, até que a construção da nova estrada se concretize, muita luta ainda está por fazer, porém, importa valorizar esta importante conquista: pela primeira vez o povo conseguiu que o investimento público esteja destinado à melhoria dos acessos àquela localidade tão esquecida pela governação”.
Edgar Silva entende que “é assim que se edifica a Justiça Social, palmo a palmo. Os direitos conquistam-se. Os direitos do povo, a construção da Justiça Social, como está a acontecer nas zonas altas do Funchal, é o resultado de uma lenta marcha. Lenta, mas fundamental, sem a qual o povo não alcançaria melhores condições de vida. Esta é a luta indispensável para que seja possível viver melhor na nossa terra”
Afirmou ainda Edgar Silva que “o povo das zonas altas, como se verifica no Ribeiro Lavador, demonstra como é possível transformar a realidade vivida e como pela luta se conseguem direitos. Por vontade dos senhores do mando aquelas zonas continuariam esquecidas. Se o povo das zonas altas não tivesse organizado a reivindicação continuaria à espera de promessas. Foi a força da luta que apressou a concretização do investimento público. Foi a persistência da iniciativa das populações que abriram novas possibilidades à realização dos direitos sociais. É assim que se escreve a lenta construção da Justiça Social”.