O Chega lembrou hoje que a sua proposta para a “alteração dos limites para a pesca de tunídeos na área marinha das Ilhas Selvagens baseia-se na necessidade de equilibrar a conservação ambiental com as necessidades económicas e culturais da região”.
Em comunicado de imprensa que vem responder “às preocupações levantadas por algumas entidades”, o partido lembra que a sua “iniciativa sugere a pesca seletiva de tunídeos usando técnicas de salto e vara, reconhecidas pelo seu baixo impacto ambiental”.
“A pesca proposta incidirá exclusivamente sobre tunídeos (atum e gaiado), utilizando métodos que minimizam a captura acidental e garantem a sustentabilidade da prática. Esta técnica é considerada uma das mais seletivas e ecológicas, limitando a captura apenas às espécies-alvo e evitando danos ao ecossistema marinho”, disse Miguel Castro, líder parlamentar do Chega no Parlamento madeirense.
Em nota de imprensa, Castro sublinha ainda que “a área proposta para a pesca representa apenas uma parte da zona marinha protegida, garantindo que a maior parte da reserva continue sob proteção integral”.
“Este enfoque procura um equilíbrio entre a conservação da biodiversidade e a manutenção das tradições pesqueiras locais, importantes para a economia e a cultura da Madeira”, sublinha o deputado.
“O atum e o gaiado são espécies migratórias, o que significa que a sua captura nas Ilhas Selvagens não representa uma ameaça às populações globais da espécie. Além disso, o atum é também um predador, cuja presença em excesso pode desequilibrar o ecossistema marinho local. A pesca regulada pode ajudar a manter o equilíbrio ecológico nas Ilhas Selvagens”, remata Miguel Castro.