Francisco Gomes, deputado madeirense eleito pelo Chega para a Assembleia da República, confirmou a sua presença na manifestação que o partido vai organizar este sábado, no Porto. O evento, que tem por objetivo denunciar o que o Chega acredita ser a insegurança que está a ser gerada na sociedade portuguesa pela imigração descontrolada, será o segundo evento do género promovido pelo partido, após uma manifestação semelhante já realizada em Lisboa.
“A política de portas abertas dos últimos governos está a transformar Portugal num barril de pólvora. Não podemos continuar a ignorar esta ameaça à nossa segurança, às nossas tradições e à nossa identidade, pois já se está a tornar demasiado tarde”, afirmou o deputado na Assembleia da República.
Francisco Gomes destacou a urgência de medidas mais rigorosas para controlar os fluxos migratórios, afirmando que “os portugueses não têm de pagar o preço da irresponsabilidade de quem governa”. Segundo ele, o aumento da criminalidade e a instabilidade social são reflexos diretos de uma estratégia política que considera errada e negligente. “Estamos a assistir a um desrespeito pelas nossas comunidades, pela nossa integridade como país, pelas nossas tradições e pelos valores que nos caracterizam como nação milenar”, acrescentou.
A manifestação surge como parte de uma estratégia do Chega para consolidar a sua posição como oposição firme às políticas de imigração dos últimos governos. “Esta não é apenas uma luta do Chega, mas de todos os portugueses que exigem ordem, segurança e respeito pelo nosso país”, afirmou Francisco Gomes, apelando à participação dos cidadãos. O evento no Porto pretende mobilizar apoiantes e sensibilizar a opinião pública para aquilo que o partido considera ser “uma grave crise negligenciada pelas elites políticas que governam o país há décadas”.
No entanto, a manifestação do Chega poderá encontrar resistência. Mais de três dezenas de grupos também estão a organizar uma contramanifestação, também para hoje e também no Porto. Estes movimentos acusam o Chega de promover o discurso do ódio e de alimentar divisões sociais. O risco de confrontos entre manifestantes é real, o que tem levando as autoridades a reforçar o policiamento na cidade para garantir a ordem pública.
Apesar das tensões, Francisco Gomes garantiu que o Chega não se deixa intimidar. “O Chega não recua perante ameaças ou intimidações. Estamos aqui para defender Portugal e os portugueses, e é isso que faremos, seja qual for o custo”, afirmou. O deputado mais reiterou que a manifestação é um alerta para a necessidade de políticas mais responsáveis e um apelo à preservação da soberania e da segurança do país.