MADEIRA Meteorologia

Clube de Ecologia Barbusano realizou saída de campo na Calheta

Data de publicação
30 Novembro 2023
10:47

O clube de Ecologia Barbusano, da Escola Secundária de Francisco Franco, realizou uma saída de campo no passado sábado, dia 25 de novembro. O percurso iniciou-se junto à central hidroelétrica da Calheta e foi percorrido ao longo da Levada Nova, até ao Estreito da Calheta.

Conforme recorda uma nota enviada à redação, a central, localizada aos 658 metros de altitude, foi inaugurada a 5 de julho de 1953, recebendo água do Paul da Serra, a qual, depois de produzida a energia hidroelétrica, é repartida por duas grandes levadas: uma que se dirige para Oeste, até à Ribeira da Vaca, no extremo ocidental da Ponta do Pargo, com uma extensão de cerca de 40Km, e outra com cerca de 15 Km que se dirige para Leste, até à Fonte Coxo, no Pomar de D. João, freguesia dos Canhas.

“Esta água assegura a rega dos campos agrícolas situados a jusante da levada. O trajeto seguido correspondeu a um serpenteado intercalado por vales e lombos. Nos vales mais encaixados e húmidos, vêm-se algumas manchas da antiga floresta indígena, a Laurissilva, com árvores como os loureiros, barbusanos e vinháticos. Lamentavelmente, a maior parte do percurso é ladeado por plantas invasoras, como as acácias, eucaliptos, giestas e por feiteiras que trepam as montanhas em direção ao Paul da Serra e que aumentam de sobremaneira o risco de incêndio”, pode ler-se na mesma nota.

A saída de campo contemplou a visita guiada a uma empresa de plantas hortícolas cultivadas em hidroponia, do empresário Carlos Gonçalves.

De assinalar que esta saída de campo contou ainda com Antero Santana, presidente da Junta de Freguesia da Calheta, que acompanhou o conjunto nesta na saída de campo, tendo ainda oferecido uma medalha alusiva à comemoração do Dia da Freguesia, de 29 de junho de 2019.

Apesar de, inicialmente, a caminhada estar prevista acabar na localidade dos Prazeres, terminou junto às estufas acima referidas, tendo o grupo feito o percurso final de autocarro até aquela freguesia.

“Uma vez lá, foi possível observar, nas partes altas da freguesia, mas também próximo do casario, uma mancha de vegetação queimada pelos incêndios, do final deste Verão. Esta visão desoladora é motivo para se questionar se estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para mitigar as alterações climáticas e nos adaptarmos a elas”, remata a mesma nota.

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