É oficial. Pedro Calado renunciou hoje à presidência da Câmara Municipal do Funchal. Assim sendo, nas lides da autarquia da capital madeirense suceder-lhe-á Cristina Pedra, até então vice-presidente, que será apoiada por Bruno Pereira, enquanto número dois que se encarregará a partir de agora da vice-presidência.
Esta mudança da orgânica do executivo funchalense foi, agora, anunciada em conferência de imprensa, que convocou a comunicação social na manhã desta segunda-feira, para o Salão Nobre da CMF.
Acompanhada do restante executivo municipal, Cristina Pedra afirmou que procedeu à reestruturação do elenco, de acordo com o regime jurídico das autarquias locais.
Ana Bracamonte chega-se à frente, mas a agora presidente não irá, para já, revelar quais pelouros ficarão à sua responsabilidade, anúncio que deverá ser feito na próxima quinta-feira.
“Não existe qualquer suspeição ou suspeita sobre a Câmara Municipal do Funchal, nem sobre nenhum dos seus vereadores. Estamos como sempre disponíveis para auxiliar, cooperar, colaborar com a Justiça”, disse, garantindo que os serviços prestados aos cidadãos estão a funcionar em pleno e que os cidadãos podem confiar na autarquia.
“Os funchalenses podem estar descansados e confiar nos excelentes profissionais desta Câmara Municipal”, asseverou, garantido que a edilidade não irá virar as costas aos desafios e que todos os processos, incluindo os relativos aos empreendimentos imobiliários na Praia Formosa, estão “corretos” e foram decididos “dentro da legalidade”.
Mais deixou uma palavra de apreço e agradecimento a Pedro Calado, afirmando estar confiante de que a Justiça irá esclarecer os factos que estão a ser investigados.
Cristina Pedra condenou ainda as exigências para a realização de eleições intercalares por parte da oposição, reclamando falta de coerência por parte da mesma já que sobre esta, quando se encontrava no comando da CMF, recaíram igualmente suspeições.
”A oposição que pede eleições é a mesma que em 2020 não se demitiu quando a Câmara teve um processo de suspeitas por crimes de corrupção passiva, participação económica em negócio, prevaricação e abuso de poder. É necessário coerência, é necessário memória. E também é preciso ver que mesmo dentro da oposição nem eles se entendem. Há quem peça demissões, há quem defenda, e bem, a presunção de inocência”, atirou.