O gato Jackson morreu fez esta sexta-feira, dia 13, quatro anos, e em sua memória uma moradora, apoiada por outras pessoas que conheciam o animal, reuniu apoios e promoveu a criação de uma escultura, que está agora patente num dos muros da Barreirinha.
A obra, em basalto, da autoria do escultor Pepe Baptista, foi dada a conhecer esta tarde, numa cerimónia singela em que foi também descerrada uma placa a dizer o quanto o gato “era adorado por todos”.
”O JACKSON, o rei da zona, entre outros nomes era adorado por todos os que passavam pelo Largo do Socorro, pertencia a todos e não pertencia a ninguém! Era sem dúvida um gato galã e muito gentil, deixará saudades”, lê-se na placa.
Sónia Fernandes, impulsionadora da iniciativa, lembra ao JM que, sendo moradora passava todos os dias pelo Jackson e não conseguia ser indiferente à presença do animal.
“Era impossível passar lá sem ter que lhe fazer uma ‘festa’ ou ter algum contacto com ele, e não era só comigo, ele realmente se fazia presente e se fazia amar”, recorda.
Sobre a morte do gato, diz que ele caiu do muro do miradouro do Socorro e não sobreviveu. Foi quando tentava superar a morte do Jackson que lhe veio à mente a ideia de uma escultora. Meteu mãos à obra e conseguiu hoje concretizar o que diz ser “um sonho”. Sabe agora que quando voltar a passar no local “ele vai lá estar”.
A empresa de construção Sales Faria & Andrade patrocinou a iniciativa, conforme consta da placa, descerrada por uma professora que costumava alimentar o gato na rua.
A peça de arte tem cerca de 50 a 60 cm de comprimento por 30cm de largura e cerca de 25 cm de altura na zona da cabeça e retrata uma das poses do Jackson a descansar em cima do muro.