Após o recente comunicado do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritório e Serviços de Portugal (CESP) sobre a criação da carreira especial para Técnico Auxiliar de Apoio Domiciliário (TAAD), em que o CESP acusa o Governo Regional de ignorar as Ajudantes Domiciliários com vínculo laboral às IPSS na referida Carreira Especial, a Secretaria Regional de Inclusão, Trabalho e Juventude reitera o seguinte:
“É importante ressalvar que não seria possível avançar com uma solução para o setor privado sem antes regularizar a criação desta carreira no setor público. Recordamos que quinta-feira, 12 de dezembro, foi discutido e aprovado na Assembleia Legislativa da R.A.M, o decreto relativo à criação desta carreira especial para as Ajudantes Domiciliárias do setor público”.
“Uma vez que o mesmo foi aprovado na passada quinta-feira, a Direção Regional do Trabalho pode, a partir de agora, através deste diploma criterioso, rigoroso e estruturado, avançar com reuniões em que estarão presentes estruturas sindicais representativas e Confederação Nacional das instituições de Solidariedade (CNIS), com o objetivo de sensibilizar tais entidades para a introdução da medida no setor privado, com o objetivo de dignificar e valorizar as condições de trabalho das profissionais em causa, através de um regime especial com as entidades empregadoras. A situação implica a disponibilidade financeira das Instituições Particulares do Setor Social, que tenham trabalhadores que desenvolvam a atividade correspondente à categoria que se pretende dignificar e valorizar. É pretensão do Governo Regional operacionalizar o mais rápido possível. Contudo, temos de atender à dinâmica própria da negociação coletiva que envolve as partes representativas”, acrescenta a tutela, sublinhando que da tudo fará “para que as Ajudantes Domiciliárias (AD) do setor privado possam usufruir da justa equiparação às AD que trabalham no setor público”. “Desde a primeira hora que o Governo Regional reitera que as Ajudantes Domiciliárias do setor privado não seriam esquecidas em todos este processo. É nosso objetivo, tal como já referido, aquando do anúncio da criação desta carreira especial para o setor público, agir de forma célere na criação da carreira também para o setor privado e, para tal, contamos com a cooperação de todas as partes envolvidas em processos desta natureza”, lê-se.
“Embora consideremos as preocupações do CESP legítimas, cabe ao Governo Regional agir de forma competente e séria. Mesmo que, em certos casos, exista maior morosidade processual. Neste caso em particular, voltamos a reiterar: a aprovação do diploma que define a carreira especial para Técnico Auxiliar de Apoio Domiciliário no setor público, uma vez que já se encontra discutida e aprovada, permite-nos poder avançar para o setor privado através de negociações com os respetivos representantes do setor privado, na certeza que todas as partes envolvidas terão em conta o trabalho fundamental que as Ajudantes Domiciliárias praticam diariamente e o quão justo é a dignificação desse trabalho, através da criação de uma carreira especial que as valorize e recompense pelo caráter e espírito nobre de ajudar quem mais necessita”, remata a Secretaria.